Uma boa alimentação é essencial para que as pessoas consigam trabalhar com produtividade e energia. Pensando nisso, as organizações passaram a oferecer um complemento de salário voltado para a compra de alimentos. São dois benefícios distintos: vale-alimentação e refeição.
Mas você sabe a diferença entre os dois e qual se encaixa melhor nas suas necessidades? Neste conteúdo, explicamos melhor os benefícios, onde cada um deles pode ser utilizado e algumas dicas para garantir uma melhor gestão desses recursos. Confira a seguir.
Qual a diferença entre vale-alimentação e refeição?
É importante entender que, embora similares, o vale-alimentação e o vale-refeição não são a mesma coisa. O vale-alimentação é um benefício oferecido pelas empresas para que os colaboradores realizem compras em redes de supermercados. Assim, ele é um auxílio para as compras mensais e substitui a cesta básica.
O vale-refeição, por sua vez, funciona como um valor exclusivo para a compra de refeições prontas em restaurantes e lanchonetes. Ele substitui o refeitório na empresa e é oferecido para que o funcionário consiga se alimentar nas proximidades do trabalho. O vale-refeição não é aceito na maioria das redes de supermercado.
Então, enquanto o vale-refeição contribui para a alimentação no horário de expediente, o vale-alimentação é um benefício que se estende para toda a família.
O que é benefício flexível?
O benefício flexível é uma categoria de benefício corporativo que permite que o colaborador escolha como deseja utilizar os recursos e quais serviços realmente são úteis.
Dessa forma, a empresa define um valor por funcionário destinado ao pagamento do auxílio e o colaborador distribui esse crédito com base em seus interesses. Isso garante que o benefício será realmente interessante e atrativo para o profissional.
➡️ Confira o exemplo:
Vamos utilizar como exemplo o vale-alimentação e o vale-refeição. Algumas pessoas têm um ritmo de vida muito corrido e não conseguem fazer a própria comida para levar ao trabalho. Nesse caso, o vale-refeição é um benefício muito mais proveitoso.
Já os profissionais que têm uma dieta regrada ou restritiva, por exemplo, podem preferir o benefício do vale-alimentação, para ter mais liberdade na escolha dos ingredientes e no preparo dos alimentos.
Essa flexibilidade de escolher o que faz mais sentido para você, dá autonomia e respeita as necessidades individuais de cada um.
A empresa é obrigada a fornecer benefício alimentação?
Embora o pagamento de vale-alimentação e refeição seja algo comum, ele não é obrigatório de acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A lei entende que o salário do funcionário é o suficiente para suprir sua necessidade de alimentação.
Contudo, essa é uma prática bastante comum e funciona como um diferencial que as empresas utilizam para se tornarem mais atrativas no mercado de trabalho. Vale destacar que, nos casos em que o benefício está previsto em convenções coletivas ou acordo coletivos, ele se torna, sim, obrigatório.
Por que as empresas oferecem vale-alimentação e refeição?
O fornecimento de benefícios corporativos, embora não previsto em lei, é uma estratégia das organizações para aumentar a satisfação dos colaboradores e atrair bons profissionais para suas vagas.
Além disso, oferecer o vale-alimentação ou refeição também é uma forma de cuidar da saúde do colaborador, garantindo que ele está se alimentando de maneira saudável e que têm acesso a uma variedade de alimentos.
É possível vender vale-alimentação ou refeição?
Essa é uma dúvida recorrente dos funcionários que recebem o benefício. Mas é importante dizer que a venda de vale-refeição ou alimentação é proibida por lei e se caracteriza como crime.
Caso o colaborador faça a venda e a empresa descubra, ele pode ser demitido por justa causa, já que estará obtendo vantagem econômica por meio de fraude.
Onde usar o vale-alimentação e refeição?
Como vimos, o vale-alimentação é destinado a compra de alimentos para o preparo. Assim, ele pode ser utilizado em:
- Supermercados;
- Mercearias;
- Açougues;
- Hortifrutis.
Já o vale-refeição é utilizado para a compra de alimentos prontos e é aceito em:
- Aplicativos de delivery;
- Lanchonetes;
- Padarias e confeitarias;
- Restaurantes.
Algumas vezes, dependendo do registro do estabelecimento na máquina de cartão, o mesmo local pode aceitar ambas as opções. Dessa forma, é válido verificar se o estabelecimento tem alguma sinalização a respeito.
6 dicas para usar bem o vale-alimentação e refeição
Se você recebe vale-alimentação e refeição, é bom saber como gerir bem esse benefício, para que ele não dure apenas alguns dias e você termine o mês sem saldo. A seguir, listamos algumas dicas práticas para ajudar você em escolhas mais conscientes.
1. Tenha um planejamento para suas compras
A primeira dica é ter um planejamento das compras. No caso do vale-alimentação, você pode visualizar compras mensais anteriores para entender seus custos regulares e determinar quais compras serão pagas com o vale.
Já quem recebe vale-refeição deve definir quais refeições serão pagas com ele, por exemplo, café da manhã, almoço ou jantar. É válido lembrar que, apesar do intuito do benefício ser o fornecimento de alimentação durante o expediente, ele pode ser utilizado fora dele.
2. Estabeleça valores diários de gastos
Isso é importante, principalmente, no caso do vale-refeição. É importante que você saiba quanto pode gastar por dia, para evitar ficar sem dinheiro no fim do mês.
Imagine que você recebe, por exemplo, R$ 500,00 para alimentação no VR. Para calcular sua meta diária, basta dividir esse valor pela quantidade de dias úteis do mês. A partir daí, você chegará ao valor de cada dia.
Dessa forma, é possível organizar melhor os gastos. Por exemplo, digamos que você pode gastar R$ 25,00 por dia, mas um dia acabou gastando R$ 30,00. Conhecendo sua meta diária, você saberá que precisa gastar menos no dia seguinte, para se manter dentro da meta.
3. Evite utilizar de forma indevida
O valor concedido no VA e no VR é destinado para a sua alimentação, por isso, evite gastá-lo de forma indevida, por exemplo, na compra de bebidas alcoólicas ou cigarros.
O saldo gasto nesses itens pode comprometer valores altos e fazer com que você diminua a qualidade da sua alimentação.
4. Dê preferência a opções mais saudáveis
O VR e o VA tem como grande benefício a possibilidade de que você tenha mais opções e possa fazer escolhas conscientes. Por isso, dê preferência para restaurantes que ofereçam uma alimentação saudável e equilibrada.
Uma boa gestão do seu saldo vai ajudar, inclusive, nessas escolhas, evitando que você gaste tudo nos primeiros dias e precise terminar o mês se alimentando de salgados e lanches.
5. Procure estabelecimentos mais baratos
Se a ideia é economizar, é fundamental realizar uma pesquisa de preços e conhecer as opções mais próximas.
No caso do VA, mercados atacadistas podem ser uma boa opção para garantir os melhores preços. Além disso, é possível realizar uma pesquisa na internet e fazer uma comparação de valores.
Já se você utiliza o vale-refeição, tenha mapeado os restaurantes com bom custo-benefício próximos da empresa. Isso não significa que você precise comer sempre no lugar mais barato, mas, caso extrapole um dia, poderá equilibrar a meta diária de gastos nesses locais.
6. Atenção às bebidas e sobremesas
Ninguém é de ferro e a gente entende que um docinho depois do almoço é maravilhoso. Mas, se colocarmos na ponta do lápis, o valor gasto com sobremesas, sucos, refrigerantes e até com o café, podem comprometer boa parte do seu vale.
Uma dica é estabelecer um único dia da semana para esses luxos, e nos demais, manter o equilíbrio dos gastos consumindo apenas a refeição principal.
Como vimos, vale-alimentação e refeição são dois benefícios disponibilizados pelas empresas para contribuir com a alimentação dos colaboradores. O VA é voltado para a compra de alimentos para preparo, enquanto o VR é destinado às refeições prontas.
Agora que você já conhece ambos os vales e sabe a diferença entre eles, acesse outros conteúdos sobre benefícios corporativos.