Gerenciar pessoas pode ter um significado que parece óbvio, mas apresenta um conceito que vai muito além de moldar os colaboradores para apresentarem bons resultados no ambiente de trabalho. A gestão de pessoas parte do princípio de que é preciso que as pessoas são o maior capital de uma empresa.
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Sabemos que as pessoas não são tão fáceis de serem geridas, especialmente no ambiente corporativo. É por isso que especialistas da área desenvolvem, continuamente, novas formas e modelos de gestão cada vez mais eficientes, tanto para empresas quanto para os próprios colaboradores.
Para que a organização consiga sucesso em seus processos é fundamental alinhar os dois conceitos. A escolha do modelo é determinante para os procedimentos que serão desenhados pela equipe de gestão de pessoas.
Quer entender quais modelos são estes e como otimizar a gestão de pessoas na sua empresa? Continue a leitura!
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O que é gestão de pessoas?
Antes de entender os modelos de gestão é fundamental saber o que é gestão de pessoas, propriamente dita. Vamos a um exemplo: se uma empresa apresenta bons resultados é por conta do trabalho das equipes que foram bem geridas. Se tem números negativos — ou até mesmo vai à falência —, uma gestão de pessoas mal feita, certamente teve influência nessa consequência.
As pessoas estão por trás de todos os trabalhos realizados em uma empresa e não é exagero dizer que são o seu principal ativo. Então, gerir pessoas é conduzir todo o processo que envolve a vida dos colaboradores dentro de uma instituição, desde sua contratação, seu desenvolvimento interno, sua promoção até o seu desligamento.
Não é um processo único e específico, a gestão de pessoas na prática pode ser entendida como um conjunto de ações que visam melhorar a experiência do funcionário e, consequentemente, a da empresa. Só assim, o colaborador perceberá a importância do seu trabalho ali dentro e como a empresa pode crescer com seus resultados.
Qual a importância da gestão de pessoas para a empresa?
Os colaboradores que se sentem valorizados no ambiente corporativo vestem a camisa, produzem mais e apresentam mais resultados positivos. Quando falamos sobre a importância de gerir bem as pessoas, este é um dos principais motivos.
Além disso, o bom gerenciamento facilita para que o serviço de excelência seja padronizado, pois há uma coordenação eficiente por trás do trabalho de cada um, motivando-os a serem melhores.
Uma boa gestão facilita o relacionamento entre os funcionários e os gestores, principalmente na resolução de conflitos internos. Outros pontos positivos do gerenciamento eficiente são a melhoria na comunicação interna, no modo como dar feedbacks e no auxílio do engajamento interno, já que a percepção da empresa por eles tende a ser positiva.
Quais são os modelos de gestão?
Falamos dos desafios de gerir pessoas e que, para realizar essa tarefa com êxito, muitas empresas e especialistas da área de RH elaboram métodos para conseguir alcançar os melhores resultados.
Destacamos que quando falamos em “modelo” nos referimos a um modo que a empresa ou gestor escolhe para administrar seus recursos humanos, que são os colaboradores.
Existem várias formas de gestão e cabe a cada organização escolher o ideal para o seu negócio, sem deixar de considerar o perfil da liderança. Uns são mais tradicionais e foram utilizados por muitos anos, outros são mais modernos e mais alinhados com a atual realidade do mercado de trabalho.
Continue conosco para conhecê-los e identificar qual é o melhor para a sua empresa!
1. Gestão Democrática
Como o próprio nome já entrega, esse tipo de gestão — também conhecida como gestão participativa —, leva muito em conta a opinião dos colaboradores nos processos de tomadas de decisão e no planejamento das ações. Por esse motivo, tende a oferecer mais engajamento entre os trabalhadores e líderes, porque a voz de todos é valorizada e a comunicação é aberta.
Por outro lado, ela também tem um ponto negativo. Ao mesmo tempo em que a comunicação é ampla, pode haver muita divergência de opinião e, por isso, acontecer muitos debates e atritos dentro da equipe.
Nesse caso, os líderes devem saber lidar muito bem com seus subordinados e conseguir contornar situações que podem colocar em risco o bom clima organizacional.
2. Gestão Meritocrática
Um modelo de gestão que pode dividir opiniões é a meritocrática. Isso é devido ao fato de os colaboradores serem avaliados só pela performance e desempenho individuais. Com isso, há um estímulo do senso de crescimento e desenvolvimento interno, pois o colaborador quer se destacar para ser reconhecido. Ao mesmo tempo, ele tem ciência de que o mérito depende do seu esforço.
Porém, como nem tudo não são flores, esse método também pode estimular uma alta competitividade interna e impactar os resultados da equipe, já que nem todos sabem lidar com competição no ambiente corporativo.
Outro ponto negativo é o risco que o líder corre se não conseguir separar a percepção pessoal e não focar somente nos resultados de cada um, sendo mais objetivo e imparcial.
3. Gestão com foco em resultados
Um gestor mais imediatista com o crescimento da empresa tende a apreciar esse modelo de gestão, pois aqui o foco é em resultados rápidos. É uma forma utilizada por companhias que estão passando por situações delicadas e que precisam de efeitos imediatos, sem levar tanto em consideração questões como planejamentos de longo prazo.
Neste caso, colaboradores que apresentam alta performance e velocidade podem ser privilegiados internamente. O ponto negativo é que, por ter como objetivo o resultado imediato, gestores devem ter atenção para não realizarem ações que saiam do padrão ético da empresa.
4. Gestão com foco em processos
Já a gestão com foco em processos é o exato oposto do modelo anterior, pois neste, o objetivo maior é o foco na realização de planejamentos e processos com a melhor execução possível. Aqui, tudo deve ser muito bem analisado, bem feito e elaborado para ser eficiente e não importa se levará mais tempo. O essencial é ser bem estruturado.
Apesar desse modelo oferecer menor possibilidade de erro devido ao esmero, o ponto negativo é que os líderes devem atentar-se para que os processos não sejam morosos demais.
Ao mesmo tempo, também demanda mais habilidade, já que os mínimos detalhes devem ser analisados com calma, pois são fundamentais para garantir êxito nos resultados.
5. Gestão Autoritária ou Autocrática
Ao mesmo tempo em que é muito controverso, esse modelo de gestão tem pontos positivos e negativos. O lado bom é que o próprio gestor assume as responsabilidades sozinho e a equipe fica isenta se ocorrer falhas e problemas estruturais nos processos, pois a decisão foi tomada por um só.
Já o lado ruim é — também — que a equipe não tem voz nesse tipo de gestão. Colaboradores que são mais ativos e questionadores tendem a bater de frente com a liderança caso não concordem com determinada decisão.
Além disso, gestores devem tomar bastante cuidado para não confundir autoridade com excesso de poder e cometer abusos.
6. Gestão por Cadeia de valor
A frase “agregar valor ao seu negócio” define muito bem este modelo de gestão, pois é baseada em atender às necessidades e às expectativas de cada cliente. É como se fosse um serviço mais personalizado, pois a empresa se adequa àquela realidade e elabora todo o planejamento pensando nas demandas específicas do cliente.
É necessário que os gestores contem com profissionais um tanto quanto versáteis para se adaptarem às diferentes rotinas, já que as tarefas sempre serão baseadas no perfil de cada conta, de acordo com o que o cliente quer e com o que mais o agrada. Podemos dizer que, lideranças com este perfil, não costumam seguir processos padronizados e sim, adaptáveis.
7. Gestão por Desempenho
O modelo de gestão por desempenho se baseia em trabalhar a performance e o desempenho dos colaboradores com o objetivo de alcançar os resultados da empresa.
Pela aprendizagem e desenvolvimento individual de cada um, nesse tipo de gestão, é possível melhorar a produtividade da empresa, alcançando o sucesso esperado com o aproveitamento do capital humano.
8. Gestão Comportamental
Na gestão comportamental temos um modelo que busca ressaltar o que cada colaborador tem de melhor e trabalhar seus pontos fracos em prol do desenvolvimento.
Neste formato, as empresas entendem que é muito melhor reter as qualidades que um profissional tem e oferecer feedbacks e treinamentos para que ele mude pontos negativos, em vez de demiti-lo de imediato e tentar encontrar uma pessoa melhor qualificada.
9. Gestão por Competências
Muito adotado atualmente é o modelo de gestão por competências. Nesse tipo de gestão o objetivo principal é aproveitar as competências técnicas e comportamentais de cada colaborador para montar equipes de alta performance.
Todas as habilidades dos colaboradores são consideradas na gestão por competências, tanto as profissionais quanto as pessoais.
Qual é o melhor modelo de gestão para minha empresa?
Não existe um modelo pré-determinado para as companhias. Toda organização deve levar em conta aspectos muito próprios como o tipo de atividade desenvolvida, área de atuação, número de colaboradores, cultura organizacional e a missão, visão e os valores da empresa.
Ao mesmo tempo, não existe regra. Uma mesma empresa pode adotar vários modelos, mesclando pontos de cada um. Confira outras dicas que podem ajudar você a escolher o melhor formato.
Conheça as características da organização
Ao tomar esse tipo de decisão é fundamental entender bem qual é o estilo da empresa e a fase que ela vem atravessando. Por exemplo, se uma companhia está em pleno crescimento e expansão, provavelmente, um modelo ideal será diferente de outra empresa que está enfrentando desafios com altas taxas de rotatividade e de absenteísmo.
Ajuste os objetivos e as expectativas
Ao entender bem as características da empresa, o perfil dos colaboradores e o momento que ela passa fica mais fácil ter em mente o que ela precisa para aquele período e saber como definir os objetivos para alcançar as metas, dentro das expectativas baseadas na realidade do negócio.
Quais as vantagens da gestão por desempenho?
Como vimos, não há um modelo de gestão específico ou pré-determinado para cada empresa. Cabe aos gestores e equipes de RH identificar o que se encaixa melhor ao perfil da companhia.
Contudo, citaremos algumas vantagens do gerenciamento pelo desempenho, forma de gestão muito utilizada atualmente no mercado.
Aproveitamento do capital humano
Ao colocar em prática a gestão por desempenho, os líderes avaliam como é a produtividade de cada colaborador e o molda em prol dos resultados da empresa. Consiste, efetivamente, em aproveitar as características pessoais e o estilo que cada funcionário tem e retê-los da melhor forma possível, visando o êxito nas entregas para os clientes.
Para os trabalhadores também há aproveitamento do próprio capital, pois podem enxergar como uma oportunidade de crescer profissionalmente realizando treinamentos e capacitações.
Ao receber feedbacks do que deve melhorar e do que deve manter em seu comportamento, o colaborador consegue se desenvolver, se tornar um profissional melhor e mais relevante para a empresa.
Planejamento de treinamentos e contratações
A instituição que identifica, internamente, que há lacunas existentes em relação às certas capacitações por meio da gestão por desempenho, consegue ser mais eficiente no momento de propor treinamentos necessários para as equipes.
Ela saberá exatamente se há e qual é a deficiência existente e que pode ser resolvida com a promoção de melhores capacitações técnicas e comportamentais para a equipe ou novas contratações.
Qual a diferença entre avaliação e gestão por desempenho?
A diferença entre esses termos é simples. Enquanto a gestão por desempenho é um modelo de gestão de pessoas e consiste em propor técnicas para identificar talentos e aproveitá-los internamente, a avaliação é uma dessas técnicas utilizadas pela metodologia. A avaliação por desempenho é a ferramenta utilizada dentro da gestão.
É por meio da avaliação que os colaboradores são testados e seu desempenho analisado. Esse instrumento reflete os resultados apresentados por cada um e é por meio dele que os gestores podem tomar suas decisões com base no que foi quantificado e qualificado por meio da avaliação.
O que é a gestão comportamental?
Como o nome desse modelo de gestão já sugere, aqui é trabalhado o comportamento do funcionário, com foco em aproveitar aquilo que ele tem em potencial. O principal objetivo é saber alocar o colaborador certo para o cargo certo.
Supomos que um funcionário seja muito comunicativo, expansivo e goste de lidar com as pessoas. Muito provavelmente ele não ficaria satisfeito se tivesse que desempenhar atividades muito analíticas, que precisem de mais absorção ou que deva realizar sozinho em uma sala.
Ao mesmo tempo em que a expansividade possa trazer a ele consequências como dificuldade de concentração e de organização, ele tem qualidades que, se bem exploradas, podem torná-lo um profissional excelente, como um líder de equipe.
Benefícios da gestão comportamental
Como vimos, a gestão comportamental foca no desenvolvimento humano e isso influencia no bom ambiente organizacional. Esse modelo permite melhor alinhamento entre colaboradores, líderes e empresa. Além disso, outras vantagens podem ser adquiridas com a implementação desse formato de gestão:
- aumento da produtividade, pois cada um estará desempenhando atividades mais adequadas ao seu perfil;
- redução de custos com contratação, pois o colaborador poderá ser desenvolvido ou alocado para outro cargo;
- diminuição do turnover, já que funcionários satisfeitos pedem menos demissão.
Implementando a gestão comportamental?
Já imaginou a gestão comportamental impulsionando os resultados da empresa? Não é uma tarefa complexa depois que você entende que desde o momento da contratação até o desenvolvimento dos colaboradores é fundamental mapear os perfis que a empresa precisa e fazer o melhor proveito disso.
- entenda quais são os perfis ideais para cada cargo e faça contratações com foco em encontrar a pessoa que mais combina com a atividade;
- faça a análise do perfil comportamental das pessoas internamente e entenda o estilo de cada um;
- promova sempre o diálogo aberto entre as equipes e gestores;
- invista em um bom clima organizacional e no bem-estar de cada colaborador. A empresa só tem a ganhar com funcionários satisfeitos e motivados.
O que é e como utilizar a gestão por competências?
Competência é tudo aquilo que um profissional tem para desempenhar determinada tarefa ou ocupar um cargo, por exemplo. Na gestão por competências não basta só ter conhecimento na área e capacitações técnicas para ocupar um cargo. É fundamental que isso esteja aliado às habilidades pessoais do colaborador, tornando-o um profissional completo.
Podemos citar como competências a liderança, a organização e o espírito empreendedor em determinadas pessoas, por exemplo. Porém, não são só as pessoas que têm competências. Uma empresa pode ter como competência competitiva no mercado a prestação de um bom serviço de marketing digital.
Aí, para oferecer os melhores resultados para os seus clientes essa companhia deverá contar com profissionais que têm foco no cliente, foco em resultados e criatividade, que são competências profissionais e pessoais. Conseguiu perceber o que é a gestão por competências e como ela se consolida em uma empresa? Agora entenda como você pode implementá-la!
Faça um mapeamento e mensure constantemente as competências
Ao entender como mapear as competências, isso o ajudará a identificar quais tipos de competências têm na empresa e quais precisa desenvolver nos colaboradores ou ainda adquirir externamente para montar um time de alta performance, já que diversas habilidades certamente existirão na companhia, e possivelmente, algumas não.
Utilize a tecnologia a favor da empresa
Quando falamos em gerir melhor as pessoas, a tecnologia se torna uma grande aliada nesse processo. O people analytics e a gestão por competências estão diretamente relacionados, pois ele ajuda a identificar e mapear o comportamento dos colaboradores e melhorar a gestão estratégica.
Ele coleta dados, organiza e faz a análise completa para apuração pelos gestores para conseguirem tomar suas decisões.
Adote a cultura de desenvolvimento
Se desenvolver como profissional e como pessoa deve ser uma cultura adotada por todas as empresas. Esses valores estão muito relacionados já que nem sempre é fácil separar questões comportamentais de uma pessoa no ambiente de trabalho.
Aliás, apesar da diferença entre gestão por competências e gestão por desempenho, aqui está uma semelhança entre elas: o desenvolvimento constante para ser uma pessoa melhor e, consequentemente, um profissional mais capacitado.
Quais os benefícios da gestão por competências para a empresa?
Do mesmo jeito em que as qualificações técnicas são importantes para um colaborador, também são as habilidades comportamentais. Por isso, escolher profissionais que tenham boas capacidades hard skills e soft skills torna a empresa com times mais completos, além de promover:
- satisfação e motivação dos colaboradores;
- queda no turnover;
- superação de metas; e;
- elevação da produtividade.
Neste artigo, abordamos os modelos de gestão mais conhecidos e adotados pelo mercado e ressaltamos como é importante ter o conhecimento de cada um deles para saber como escolher pelo melhor para ser adotado na sua empresa.
Lembre-se de que não há um melhor do que o outro e sim aquele que atende melhor o perfil da gestão da companhia. Você também é livre para optar e personalizar um modelo que faça mais sentido para o seu negócio.
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