Tempo de leitura: 6 minutos
Sabemos que a transformação digital está cada vez mais presente na área de Recursos Humanos, não é mesmo? Não foi uma — nem duas vezes — que ouvimos profissionais da área — como o recrutador — preocupados em serem substituídos por processos automatizados.
Se você tem preocupação com o futuro, continue a leitura! Neste conteúdo, mostraremos como a tecnologia é uma verdadeira aliada e não um problema para você.
A tecnologia no recrutamento e seleção
A área de recrutamento e seleção tem sido uma das mais aderente às ferramentas digitais. Isso porque existem muitas etapas operacionais nesses processos que acabam exigindo esforço físico do profissional e pouco de sua capacidade estratégica. Por isso, gostamos de dizer: recrutadores, a tecnologia está aqui para proporcionar uma promoção em suas carreiras!
Já estamos convivendo com a realidade do RH 4.0: inteligência artificial, processos automatizados, big datas etc. Sistemas que demandavam horas da força de trabalho dos recrutadores — como a análise dos currículos de candidatos — foram automatizados pelas ferramentas e proporcionaram ao profissional de RH um patamar mais estratégico na contratação.
Não são apenas os postos de trabalhos que estão sendo alterados por conta da interação com a tecnologia. Na verdade, há conceitos diferentes sendo criados para classificar esse momento que a sociedade está vivendo em todo o planeta.
A Sociedade 5.0
A tecnologia nos levou para a Sociedade 5.0, um conceito criado no Japão em 2016. Trata de uma sociedade centrada no humano e profundamente integrada às tecnologias em todos os âmbitos: profissionais e pessoais.
O país asiático está mais avançado em termos de relacionamento com os robôs. A sociedade super inteligente passa por diferentes realidades: carros capazes de seguir viagem sem precisar ser guiado por humanos, agricultura de alta produtividade, automação de processos e tomadas de decisão mais efetivas.
Desse modo, a discussão que faz mais sentido não é sobre a substituição de pessoas por máquinas, mas sim em uma verdadeira adaptação do trabalho para unir os benefícios da inteligência artificial com a inteligência humana.
Como bem diz Martha Gabriel, por mais que a inteligência artificial seja uma ferramenta com capacidade ampla para ampliar — por meio do machine learning —, os seres humanos têm uma característica que dificilmente poderá ser replicada pelas máquinas: a emoção.
A capacidade do pensamento crítico é uma das ferramentas mais fundamentais para conseguir transformar todos os insumos oferecidos pela IA em ferramentas verdadeiramente funcional.
Ou seja, não é suficiente que a máquina realize uma análise e triagem dos candidatos, é preciso que o recrutador utilize suas habilidades e competências para fazer a contratação mais coerente com as necessidades da organização.
O recrutador como analista
Há muitos que acreditam em previsões alarmistas, como a substituição total dos recrutadores por máquinas. Esse pensamento é natural, pois nunca havíamos interagido profissionalmente com tantas ferramentas digitais.
O machine learning é, de fato, uma ferramenta que causa espanto. A capacidade de aprendizado das máquinas é cada vez maior. Grandes empresas como o Google tem utilizado essa estratégia — junto à inteligência artificial — para construir abordagens mais próximas aos desejos dos consumidores.
Portanto, eu entendo a sua preocupação, recrutador. Essa insegurança está pautada em algo desconhecido. O que temos de fato, até aqui, é a percepção de que as máquinas — cada vez mais — são capazes de nos oferecer insumos para agilizar nossos trabalhos.
Nessa perspectiva, o recrutador começa a ter uma função mais estratégica dentro do processo de recrutamento e seleção. Em parceria com os softwares de gestão, o profissional conseguirá ter insumos e dados suficientes para tomar uma decisão mais rápida, efetiva e realmente compatível com as necessidades da organização.
A discussão mais coerente para o momento não sobre a substituição da mão de obra, mas sim como transformar o nosso trabalho. Como bem defende Martha Gabriel, o pensamento crítico, a empatia, a ética e a emoção são características que fortaleceram o que ela chamou de simbiose humano-tecnológica.
A promoção do cargo de recrutador
Se considerarmos o RH tradicional, podemos lembrar que a R&S era estabelecida por etapas processuais que demandavam muito trabalho manual. As operações exigiam dos recrutadores uma atenção e horas de disposição para ações que automatizadas são resolvidas em minutos.
Para encontrar bons profissionais, eram demandadas horas de análise curricular. A leitura era uma tarefa cansativa e pedia o máximo de concentração, afinal vai que o documento que você estava lendo era exatamente o do candidato ideal?
Em algumas empresas, para agilizar esse processo a indicação era um processo comum. E, apesar dos colaboradores conseguirem compreender bem a cultura da empresa e o perfil de funcionários que a organização valoriza e precisa, nem sempre uma indicação é o melhor caminho para a contratação.
As demissões por motivos comportamentais são a maioria, se comparadas com as técnicas. Essa realidade mostra que é muito importante conhecer as soft skills — capacidades emocionais — dos candidatos. Para descobri-las, os recrutadores utilizavam algumas perguntas chaves na etapa de entrevista.
Com a tecnologia, é possível realizar a análise do perfil comportamental no momento da candidatura. Ou seja, dá para o recrutador conhecer as habilidades comportamentais de todos que estão candidatando para determinada função antes mesmo do processo de entrevista.
A partir daí, cabe ao recrutador fazer a análise preditiva de qual é o perfil mais ideal para determinada vaga. Esse estudo é facilitado por meio de todos os números oferecidos pela plataforma, tornando o processo de R&S mais efetivo.
A humanização como diferencial competitivo
Pensar em um RH menos humano é também elaborar uma proposta de negócio que não faz sentido para o setor. A área é, muitas vezes, o primeiro contato direto de uma pessoa com a organização, portanto, é fundamental que o tratamento seja o mais receptivo e humano possível.
Lembra que nem sempre era possível encaminhar mensagem para os candidatos explicando os motivos pelo qual eles não seguiram em um processo seletivo? A falta de retorno gera uma sensação negativa na pessoa, que ficará com uma impressão errada da empresa.
A tecnologia, portanto, permite que esse processo seja automatizado. Todas as pessoas recebem respostas sobre as próximas etapas da seleção — seja positivo ou não. Esse tratamento é ideal para criar uma boa imagem da organização com os candidatos.
Portanto, recrutador, a tecnologia não representa o fim da sua função, mas sim uma parceria de sucesso que pode deixá-lo mais estratégico e com maior poder nas tomadas de decisões da empresa.
Se você quer entender como manter um RH tecnológico, sem perder o lado humano, aproveite para ler nosso conteúdo!
AMEI O CONTEÚDO,
Obrigado, Alline!
Seu feedback é muito importante para nós!