Definir o melhor modelo de gestão de pessoas para uma empresa pode ser algo complexo, porém, não impossível. Atualmente, os métodos existentes são resultados de uma evolução histórica, que a partir da prática e de estudos desenvolveram diferentes modos de tratar e administrar os colaboradores de uma empresa.
Mas é importante ter em mente que essas formas de lidar com os recursos humanos dentro de uma empresa estão sempre em transformação. Isso porque, é preciso corresponder ao tempo que é aplicada e à época em que vivemos, sendo assim, mudanças são necessárias.
Neste post, falaremos melhor sobre essas metodologias. Assim, depois de ler todo conteúdo, você saberá qual é o modelo de gestão de pessoas ideal para a sua empresa. Vamos lá? Boa leitura!
O que é Gestão de Pessoas?
De forma simples, esse conceito se refere ao conjunto de práticas para contratar, alinhar, estimular e desenvolver profissionais, tornando-os mais maduros e competentes no trabalho.
Mas é comum que as pessoas limitem esse tipo de gestão ao setor de RH, o que não é certo. A gestão de pessoas é responsabilidade de toda a alta administração, especialmente dos superiores imediatos. Afinal, eles que gerenciam seus subordinados e equipes.
Ainda, por melhores que sejam as práticas do RH, sem o consenso, apoio e compromisso da liderança imediata, é muito difícil promover mudanças e melhorias. Portanto, toda a liderança deve se comprometer a melhorar a gestão do capital humano.
Entenda qual é a diferença entre RH e Gestão de Pessoas
Quais são os principais modelos de gestão de pessoas?
Não há uma fórmula correta ou mais eficiente para conduzir o capital humano de uma instituição. Assim, gestores podem criar estratégias baseadas em vários fatores, como tamanho e idoneidade da equipe, cultura da empresa ou tipo de projeto, entre outros fatores.
Logo, no sentido de orientar, listamos abaixo 12 modelos de gestão de pessoas para que você conheça melhor.
1. Gestão democrática
Esse modelo de gestão de pessoas valoriza muito os talentos organizacionais. A tendência do líder democrático é manter a equipe sempre unida em torno de objetivos comuns. Para tanto, ele os consulta sempre que novos desafios e demandas surgem dentro da empresa.
2. Gestão inspiradora
Aqui, temos um modelo de gestão de pessoas baseado na ideia de "se somos positivamente inspirados, fazemos melhor e nos tornamos melhores naquilo a que nos propomos".
Portanto, um líder inspirador precisa dedicar grandes esforços para ser um exemplo para sua equipe em todos os sentidos. Mas não é apenas a metodologia de trabalho e o empenho com as tarefas que conta, mas também suas habilidades humanas e seu comportamento em relação aos colaboradores devem se ressaltar.
3. Gestão meritocrática
A meritocracia representa um modelo justo e bem direcionado de gestão de pessoas. Afinal, cada profissional tem seu valor baseado em seus esforços e nos resultados alcançados a favor da organização.
Mas a busca pelo reconhecimento pode gerar um ambiente altamente competitivo dentro das organizações. Por isso, o líder precisa ter muito jogo de cintura para que os resultados sejam positivos.
4. Gestão com foco em resultados
Na gestão com foco em resultados, os passos trilhados pelo profissional não são tão importantes quanto os frutos que ele alcança. Aqui, há uma tendência de se fortalecer o trabalho em equipe, para que os colaboradores saiam da zona de conforto e busquem ideias inovadoras.
No entanto, o líder precisa ser claro quanto a seus objetivos e deixar que a equipe tenha liberdade criativa para que os resultados sejam devidamente alcançados.
5. Gestão autoritária ou autocrática
O líder autocrático é aquele que centraliza todas as decisões em suas mãos e apenas ordena que os colaboradores cumpram tarefas preestabelecidas por ele. O que já podemos ver que é bem ultrapassado.
Mas em qualquer modelo de gestão ou cultura organizacional, pode haver momentos em que uma liderança autocrática seja necessária. Para superar alguma crise, por exemplo, o gestor pode concentrar todas as decisões em si mesmo.
Entretanto, quando aplicado de forma contínua, gera desmotivação na equipe e barra o desenvolvimento dos talentos, deixando a organização estagnada.
6. Gestão por cadeia de valor
Nesse modelo de gestão de pessoas, a eficiência do colaborador é medida com relação ao valor que ele agrega para os clientes e negócios da empresa. Portanto, o líder precisa ter grande entendimento das necessidades do mercado e do nível de satisfação dos consumidores para passar as demandas de forma clara.
7. Gestão flexível
A ideia da gestão flexível é a descentralização dos processos organizacionais, de forma que haja maior participação dos colaboradores nas tomadas de decisão — o que pode ser benéfico ou não, dependendo da maturidade dos profissionais.
Esse modelo não significa exatamente que o fluxograma seja horizontal, mas busca fortalecer os aspectos da interação humana e se conectar, de forma eficiente, com todos os stakeholders do negócio.
8. Gestão por desempenho
Aqui, precisamos entender que gestão por desempenho e avaliação de desempenho são duas coisas distintas. Embora uma complemente a outra, a avaliação não está restrita à gestão por desempenho e é utilizada também nos outros modelos de gestão de pessoas para monitorar e estimular o crescimento dos colaboradores. Logo, a avaliação é somente uma fase da gestão de pessoas.
Trata-se de um modelo focado em Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA), que tornam o profissional apto para exercer suas atividades de modo eficiente na organização. Sendo assim, a empresa investe no aprendizado constante, criando Planos de Desenvolvimento Individual (PDI) para promover o crescimento dos colaboradores e utiliza as avaliações para monitorar e aprimorar os resultados.
9. Gestão comportamental
A gestão comportamental propõe o reconhecimento do trabalhador além do fator econômico. Portanto, visa descobrir ou despertar no profissional um valor como ser humano que lhe permita se adaptar às atividades propostas no trabalho.
Aqui, as tarefas deixam de ser o foco, assim como os custos e os resultados imediatos, para que o olhar da gestão se fixe no comportamento das pessoas. Essa é uma tendência que veio para ficar e deve ser usada em muitas empresas.
10. Gestão por competências
O foco desse modelo de gestão de pessoas é o desenvolvimento, a avaliação e a certificação de competências para aumentar a produtividade e competitividade de uma organização. Assim, os colaboradores são reconhecidos pela detenção de competências que agregam valor ao negócio com alto nível de excelência.
Trata-se de um método bem estratégico, que exige do líder um olhar clínico sobre suas equipes. Dessa forma, é possível identificar as melhores oportunidades de desenvolvimento de competências individuais e coletivas para investir nelas de modo eficiente.
11. Gestão colaborativa
Em geral, o gerenciamento colaborativo é um método que descentraliza a tomada de decisão. Tradicionalmente, um líder é responsável por ditar as regras e estratégias sozinho. Mas na gestão colaborativa, todos contribuem para uma resolução final.
Muitas ferramentas participativas, como o brainstorming, são parte importante da gestão colaborativa. Desse modo, os profissionais conseguem extrair as melhores ideias nas decisões e buscar novas soluções no trabalho.
12. Gestão centralizadora
A gestão centralizadora gira em torno da figura do líder, que detém para si o máximo de atribuições, crendo ser apenas ele capaz e fazendo pouco uso das habilidades de sua equipe. O que pode ser um erro.
Esse modelo é prejudicial por gerar desmotivação nos trabalhadores, que não conseguem enxergar oportunidades de crescimento na organização. Dessa forma, não se empenham como poderiam para o alcance dos resultados e deixam a organização na primeira oportunidade.
Certamente, é possível haver momentos em que centralizar as tarefas seja a melhor opção, como em uma crise. No entanto, o ideal é apostar em modelos de gestão de pessoas que promovam a participação de todos, valorizando os talentos, as ideias e o trabalho de cada profissional.
Avalie os diferentes modelos de gestão de pessoas
As relações de trabalho no mundo atual não são favoráveis a modelos autoritários e centralizadores de gestão de pessoas. Hoje, os profissionais buscam fazer parte de algo em que acreditam e pelo que possam trabalhar com prazer, agregando suas habilidades e atribuições de trabalho com suas crenças e pretensões pessoais.
Sendo assim, preferem atuar em organizações flexíveis, abertas e inovadoras, onde possam desenvolver suas habilidades e competências, cooperando para uma mudança positiva no mundo.
Os modelos de gestão de pessoas, baseados na participação e diálogo, devem ser priorizados sempre que possível, possibilitando o engajamento no trabalho em prol dos objetivos comuns da empresa. Afinal, os colaboradores são a porta de entrada para a inovação, logo, quando têm uma boa gestão, há atração e retenção dos melhores talentos.
Mas para ter uma gestão eficiente, é imprescindível contar com a ajuda da tecnologia. Afinal, otimizar rotinas e atividades deixa o trabalho mais eficiente. Com as demandas do RH não seria diferente.
Portanto, além de adotar um modelo de gestão de pessoas, ter um software direcionado para esse tipo de trabalho pode ajudar na hora de realizar diversas demandas, como avaliações ou saber dados específicos de um profissional. Afinal, tudo fica armazenado em um só local.
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