Job rotation e perfil comportamental: qual a relação?

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Existem muitas maneiras de gerir e administrar pessoas. No entanto, o principal trabalho de um gestor, seja de qual área for, sempre será obter os melhores resultados por meio do desenvolvimento de pessoas. Desenvolver é ajudar a trabalhar as habilidades, competências e também ampliar os conhecimentos do colaborador. Com esse intuito e para capacitar mais os profissionais, muitas empresas têm apostado em job rotation. 

Mas o que é job rotation e como implementá-lo na empresa? É o que você descobrirá neste artigo. Ainda, explicaremos como essa relação pode se estabelecer a partir da análise dos perfis comportamentais. Acompanhe a leitura e fique expert no assunto! 

O que é job rotation?

Tendo como tradução o termo rotação de trabalho, trata-se de um tipo de rodízio que permite ampliar o nível de conhecimento dos colaboradores no âmbito profissional e o aprendizado de funções diferentes das que ele exerce, mas que também compõem a organização.

Nesse sistema, os colaboradores têm a oportunidade de trabalhar em diversas funções no esquema de revezamento. O job rotation oferece a possibilidade de atuar em diferentes departamentos da organização por um período de tempo pré-determinado. 

Essa experiência pode durar dias ou até meses, dependendo da área de atuação da empresa. O job rotation pode ser definido como uma técnica de treinamento de colaboradores, mas também como uma boa chance de identificação de talentos e habilidades. 

Imagine uma empresa com áreas bem definidas, como produção, marketing, vendas e financeiro. Agora, pense que os colaboradores atuam nesses setores — e somente neles — sem conhecer nada ou muito pouco das demais áreas. Será esse o melhor cenário para uma organização? Talvez seja o convencional, mas longe de ser o ideal. 

Para mudar isso, as multinacionais, responsáveis pela introdução do job rotation no Brasil, passaram a praticar o método entre seus estagiários e trainees. A dinâmica é simples: ao percorrer um caminho onde possa conhecer mais sobre cada área, o colaborador se torna mais capacitado, desenvolve autoconhecimento e, ainda, passa a ver e organização como um todo. 

Além disso, com o método, os colaboradores avançam em direção ao desenvolvimento pessoal e profissional, conquistam aprendizado e se preparam para futuros desafios. Ao final do rodízio, o profissional é alocado em um dos setores onde atuou, porém, com o conhecimento e a experiência adquiridos nas demais áreas da organização. 

Quais são as vantagens?

Para algumas empresas, a maior vantagem de utilizar a técnica de job rotation é conseguir reduzir custos com treinamento, visto que é possível aprender sem parar de produzir. No entanto, as vantagens vão além da redução de custos e da visão mais ampla da organização por parte dos colaboradores, como:

  • desenvolvimento de lideranças: o job rotation é bastante utilizado em programas de trainee porque permite que o colaborador conheça a organização além de seu setor e, caso seja promovido, já estará a par das atividades das demais áreas, podendo então desempenhar as próprias tarefas de forma bem mais efetiva;
  • maior engajamento: colaboradores que participam desse tipo de processo tendem a ser mais comprometidos com as atividades que desempenham e mais solícitos quando se trata das atividades dos outros;

  • desenvolvimento de competências: realizar atividades das quais um colaborador ainda não tem afinidade pode ser uma boa oportunidade para que ele desenvolva competências;
  • melhoria do clima organizacional: grande parte das empresas que adotam o job rotation conseguem perceber uma maior aproximação entre os colaboradores, ainda que eles sejam de setores diferentes e não se encontrem com frequência, favorecendo o compartilhamento de informações, conhecimento e valores dentro da empresa.

Há pontos negativos?

Como qualquer outro processo, o job rotation não é perfeito — apesar de muito eficiente. Dentre as suas desvantagens estão:

  • formação ampla: alguns especialistas entendem que a técnica pode ser prejudicial para os colaboradores por ser mais generalista e não proporcionar uma formação mais específica. Ainda assim, há quem também enxergue como uma vantagem;
  • integração equivocada: é importante que o colaborador esteja disposto a passar pelo processo. Uma pessoa desmotivada, por exemplo, não se desenvolverá ou ajudará efetivamente em outros setores, pelo contrário, ela pode causar problemas e o resultado pode ser negativo.

Como implementar o job rotation? 

O método é simples e exige apenas algumas ações. Além disso, ele pode ser aplicado em períodos de seis meses, por exemplo, ou em apenas um dia. Isso depende da estrutura e da complexidade dos processos. Para tanto, siga alguns passos: 

  • previamente, faça uma análise dos colaboradores que vão participar do job rotation e observe suas competências e conhecimentos;
  • elabore um cronograma lógico, programando a visita aos setores mais complexos por último;
  • defina mentores em cada uma das áreas da empresa e prepare-os para apresentar o setor aos colaboradores participantes. Os mentores também devem estar preparados para não deixar o rendimento do seu departamento cair enquanto o método é aplicado;
  • na última etapa, aplique questionários com os participantes, avalie os resultados obtidos com a experiência e dê feedback às equipes. O resultado do job rotation dará ao colaborador participante a oportunidade de indicar em qual departamento ele se identifica para trabalhar. 

Qual a relação entre job rotation e perfil comportamental?

Como sempre dizemos, entender de perfis comportamentais é fundamental para conseguir bons resultados por meio da adequação de competências às atividades exercidas. Assim, também cabe ao gestor compreender que algumas pessoas têm mais dificuldades que outras no exercício de certas funções.

Logo, antes de implantar o job rotation na sua empresa, é preciso entender quem está apto ou não a passar pelo processo sem sentir um impacto grande, seja na produtividade, na moral e, até mesmo, na energia, por exemplo, pessoas com um perfil analista tendem a ser mais resistentes a mudanças e processos inacabados.

Assim, job rotation e perfil comportamental têm tudo a ver. Ainda que o job rotation seja uma técnica viável e interessante para muitas empresas, uma boa estratégia de gestão precisa englobá-lo como qualquer outro processo de treinamento e capacitação. 

Aqui, o perfil comportamental deixou de ser uma peculiaridade raramente abordada no meio profissional e passou a ser um ponto focal na formulação de estratégias de recursos humanos e políticas corporativas.

Por fim, ao entender as necessidades de inovação e adoção de novas práticas, a empresa tem a chance de enxergar cada um de seus colaboradores como um conjunto vital de comportamentos e atitudes que podem auxiliar a organização a atingir seus objetivos.

A análise dos perfis comportamentais dos colaboradores também pode contribuir muito para que o método tenha sucesso. Para tanto, existem quatro perfis comportamentais:

  1. Comunicador;
  2. Executor;
  3. Planejador;
  4. Analista.

Vale a pena conhecer melhor cada um deles antes de aplicar o job rotation na organização.

Aproveite a sua visita para conhecer outros métodos e estratégias para conseguir engajamento do seu time, como o outplacement!

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