8 formas do RH contribuir para inteligência emocional no trabalho

RH promove inteligência emocional no trabalho ao desenvolver habilidades socioemocionais, fortalecendo relações, resiliência e eficácia
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Inteligência emocional no trabalho é um tema bastante valorizado no universo corporativo. Especialmente entre profissionais de Recursos Humanos. Afinal, trata-se de uma habilidade capaz de interferir no comportamento dos profissionais e nas relações entre as equipes. 

Neste conteúdo mostraremos como funciona a inteligência emocional no trabalho, porque ela é importante e qual é, de fato, o papel do RH para desenvolver essa competência. Boa leitura!

O que é inteligência emocional no trabalho?

Inteligência emocional é a capacidade que um indivíduo tem em se adaptar ao ambiente para garantir a sobrevivência. Pessoas com essa habilidade conseguem identificar os próprios sentimentos e administrá-los com eficiência.

Esse conceito foi apresentado pelo jornalista e psicólogo Daniel Goleman, considerado o pai da Inteligência Emocional. Para chegar a essa definição, Goleman estudou a Teoria da Evolução das Espécies, de Charles Darwin. Os estudos do naturalista inglês defendem que a adaptação ao ambiente é crucial para a sobrevivência.

Para simplificar a compreensão, Daniel Goleman divide o conceito de inteligência emocional em cinco habilidades:

  1. Autoconhecimento: capacidade de identificar as próprias emoções e sentimentos;
  2. Reconhecimento das emoções do outro: ter empatia para entender o que o outro está sentindo;
  3. Controle emocional: administrar os sentimentos para adequá-los à cada situação;
  4. Automotivação: habilidade para direcionar as emoções e concretizar realizações pessoais;
  5. Relacionamentos interpessoais: saber interagir com outras pessoas utilizando competências sociais. 
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Por que é importante pensar sobre inteligência emocional no trabalho?

Está comprovado que relacionamentos interpessoais construtivos e interações saudáveis no trabalho interferem positivamente no clima organizacional. 

Inclusive, um estudo realizado pela TalentSmart afirma que a Inteligência Emocional tem impacto no desempenho profissional. Segundo a empresa, o ganho é de 58%. 

Considerando que as exigências do mercado cobram capacidade de se relacionar e se comunicar bem, independente do ambiente, da circunstância ou do obstáculo. Sendo assim, como soft skill, a inteligência emocional se destaca como essencial. 

Inteligência emocional e Soft Skills: como uma ajuda a outra?

Ela permite gerenciar sentimentos e administrar conflitos, enfrentando com tranquilidade os percalços cotidianos. Profissionais com essa habilidade conseguem administrar frustrações e aprender com as experiências malsucedidas. Além de aumentar a autoconfiança, a inteligência emocional é essencial para o sucesso na vida profissional e pessoal. 

Como competência comportamental, a inteligência emocional contribui para aumentar a motivação dos colaboradores, estabelecendo equilíbrio emocional entre os times e, consequentemente, aumentando a produtividade. 

Em condições favoráveis no trabalho, o profissional consegue lidar melhor com o estresse e a pressão, evitando desenvolver problemas de saúde mental, entre eles, a Síndrome de Burnout e outras doenças psicossomáticas. 

Resumo com os benefícios de investir em inteligência emocional no trabalho

  • Aumento da produtividade: Colaboradores com inteligência emocional elevada são mais capazes de lidar com o estresse e a pressão, o que pode levar a um aumento da produtividade.
  • Melhoria do relacionamento interpessoal: Colaboradores com inteligência emocional são mais capazes de entender e se relacionar com os colegas de trabalho, o que pode levar a um clima organizacional mais positivo.
    Redução do turnover: Colaboradores com inteligência emocional são mais propensos a se sentirem satisfeitos e motivados no trabalho, o que pode levar a uma redução do turnover.

Qual o papel do RH na promoção da inteligência emocional?

O departamento de Recursos Humanos cuida das pessoas em uma empresa. O setor é responsável por implementar e conduzir processos que promovam o crescimento profissional dos colaboradores.

Nesse sentido, desenvolver a inteligência emocional no ambiente de trabalho também é uma função do RH. A Gestão de Pessoas cuida do clima organizacional e monitora o engajamento das equipes. 

Em última análise, o RH acompanha a satisfação e o bem-estar dos colaboradores, usando ferramentas e técnicas para alcançar resultados. 

Como o RH pode promover o desenvolvimento da inteligência emocional?

A inteligência emocional se desenvolve a partir da primeira habilidade citada por Daniel Goleman: o autoconhecimento. Conhecer-se é fundamental para tomar decisões assertivas e conscientes. 

Autoconhecer-se exige uma investigação individual para identificar características marcantes. Entre elas, preferências, padrões de comportamento, sentimentos, inclinações e opiniões. Confira oito dicas para desenvolver a inteligência emocional.

1. Praticar a autoconsciência

Analisar cada situação com maturidade é uma forma de reconhecer e compreender os próprios sentimentos. O analista de RH deve motivar os colaboradores a praticarem a autoconsciência, orientando-os a se tornarem objeto da própria atenção.

Como estratégia comportamental, a autoconsciência é o caminho mais rápido para alcançar a inteligência emocional. Dessa forma é possível antecipar problemas individuais e da equipe para encontrar soluções com agilidade. 

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2. Gerenciar emoções negativas

Durante o trabalho, os colaboradores vivenciam emoções negativas em diversas situações. Pressão com entregas, cobranças por prazos, frustrações por projetos que deram errado. Por isso, os profissionais são levados a adotar uma postura defensiva, muitas vezes tornando o clima organizacional pesado. 

Neutralizar as emoções negativas, entender suas razões e os danos que causam às relações interpessoais é mais fácil com auxílio do RH. 

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3. Ser estratégico

Atitudes impulsivas atrapalham o desenvolvimento da inteligência emocional. Por isso, a Gestão de Pessoas pode ajudar os colaboradores a terem controle sobre decisões precipitadas. 

Orientá-lo a agir com estratégia é um desafio, mas traz resultados. Principalmente quando as ações são pensadas e executadas conforme a cultura da empresa.

4. Usar técnicas persuasivas

A persuasão é uma habilidade essencial para administrar as emoções do outro com maestria. Quando o gestor de pessoas consegue dominar sentimentos em uma negociação, fica mais fácil conduzi-la a um desfecho favorável. 

Entretanto, persuadir não significa manipular. Por isso, é preciso utilizar argumentos capazes de convencer o colaborador, sempre considerando suas necessidades emocionais. A melhor alternativa sempre será firmar acordos satisfatórios para todos os envolvidos.

5. Ter empatia

Entender as emoções do outro é possível quando desenvolvemos a empatia, percebendo angústias, ressentimentos, intenções e desejos. Para isso é necessário ter um olhar atento e compreensivo. O RH Humanizado atende o colaborador para além das relações meramente profissionais.

Esse tipo de gestão procura ver os indivíduos com altruísmo, considerando suas dificuldades, necessidades e sonhos, tornando a conexão entre empresa e empregado mais próxima. 

6. Ouvir com atenção

Da mesma forma, a escuta humanizada facilita o entendimento intenso das emoções do outro. Como gestor de pessoas, ser um bom ouvinte é uma qualidade bastante apreciada pela empresa, pelos gestores e equipes. Saber escutar torna o gerenciamento de conflitos mais fácil. 

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7. Dar feedbacks

Oferecer respostas e apresentar avaliações constantes são atitudes fundamentais que não podem ser dispensadas pelo RH. Os feedbacks diminuem a ocorrência de erros e afastam maus comportamentos, preservando o clima organizacional. 

Vale lembrar que as lideranças podem dar suporte para o setor de RH preparar feedbacks relevantes e conectados com a realidade. Os gestores devem estar preparados para conduzir conversas construtivas com as equipes. 

8. Fortalecer a comunicação interna

Quando a comunicação interna é eficiente, transparente e objetiva, o terreno é fértil para a inteligência emocional. Por isso, a Gestão de Pessoas deve investir nessa estratégia, fazendo da comunicação um pilar para um ambiente diverso e plural. Melhor ainda quando ela é horizontalizada, sem barreiras hierárquicas.

A comunicação interna, quando bem feita, evita conflitos e contribui para que os colaboradores possam lidar melhor com imprevistos. 

A partir desses passos podemos afirmar que a inteligência emocional está baseada em quatro pilares: 

  • Reconhecimento: capacidade de distinguir emoções a partir da linguagem verbal e não verbal. 
  • Aplicação: está relacionada à administração de emoções nas ações cotidianas, prezando pela comunicação clara e assertiva. 
  • Entendimento: permite identificar emoções que causam variações de humor, evitando-as quando possível. 
  • Coordenação: é a gestão das próprias emoções e emoções da equipe. 

Por fim, diante da importância de desenvolver a inteligência emocional no trabalho, considere que a falta dessa competência terá reflexo negativo no bem-estar dos profissionais. Além de afetar a produtividade, o engajamento e a motivação. O resultado desse cenário é a queda nos resultados da organização.

Lembre-se que o papel do RH nesse contexto é preparar os colaboradores para administrar suas próprias emoções, sempre oferecendo suporte diante das dificuldades. A consequência será um ambiente de trabalho saudável e profissionais muito mais capacitados para desenvolverem suas carreiras. Aproveite para conhecer dicas para gerenciar o comportamento dos colaboradores e leve seus conhecimentos sobre RH a outro patamar.

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