Inteligência artificial no RH: o futuro da gestão de pessoas

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Vemos todos os dias lançamentos de novos filmes discutindo o tema da inteligência artificial. Mas, ficção à parte, a verdade é que ela já interfere em nosso cotidiano e, na questão de recursos humanos, é algo que já oferece algumas ferramentas viáveis e passíveis de aplicação em processos com pessoal. A inteligência artificial no RH já está alterando a realidade do setor. Muitas soluções e ferramentas utilizam a inteligência artificial para promover uma análise mais apurada e elevada dos colaboradores. Com o crescimento do Big Data, multiplicaram as possibilidades na área de informatização, e isso também afetou as rotinas de RH. Quer entender mais como a Inteligência Artificial no RH vai alterar a sua rotina? Continue a leitura!

Previsões e projeções

Mesmo o mais subjetivo dos comportamentos está sendo transformado atualmente em dados. Coisas aparentemente caóticas e randômicas, como o modo com que as pessoas andam dentro de um supermercado, está sendo transformado em algoritmos que traçam padrões de comportamento com margem de erro baixíssima. Esse palavrório todo quer dizer uma única coisa: é possível prever, com boa fidelidade e precisão, o comportamento humano. Isso começou, claro, com a área de marketing. Há tempos, lojas de e-commerce coletam dados a respeito do comportamento das pessoas online. Com o tempo e o volume, essa imensidão de dados revela as probabilidades de comportamento de novos clientes, a partir de simples ações, grupos específicos e critérios estabelecidos. Esse uso das métricas já migrou para as empresas e também atingiu o RH e outros departamentos. Particularmente em áreas como o recrutamento e treinamentos, uma infinidade de métricas e dados vêm sendo processados de modo a gerar modelos e estatísticas que culminam em previsões. No futuro, tais métricas tendem a se tornar ainda mais ricas, oferecendo previsões mais bem definidas. Será possível prever probabilidades de conseguir candidatos com determinados perfis em regiões específicas do globo, por exemplo, com base em históricos, dados educacionais, bancos de estatística governamentais e até mesmo redes sociais. Na área de treinamento, antes mesmo de iniciar um curso ou programa de aprimoramento, o RH poderá fornecer dados e projeções dos resultados em termos de produtividade e até aumento de lucratividade ou receita para as empresas. As possibilidades são crescentes e o profissional de RH precisa hoje, mais do que nunca, preparar-se no uso e emprego dessas métricas e técnicas de projeções, lançando mão de estratégias como a análise preditiva e a análise comportamental. Outro aspecto é o modo com que softwares e sistemas vêm se acoplando às rotinas de RH. No futuro, os softwares serão parte indissociável de todos os processos em recursos humanos, e estarão coletando e fornecendo dados de modo automatizado a cada novo passo dado.

A automação de processos

Papelada, formulários sem fim, testes, relatórios digitados no Word, esqueça tudo isso. O futuro trará relatórios que serão produzidos automaticamente. O mesmo se aplica a muitas das rotinas de RH hoje realizadas de forma humana. O ideal sempre foi que profissionais se ativessem às decisões, à parte intelectual de seu trabalho, ainda mais em um setor que lida com pessoas, como ocorre com recursos humanos. Contudo, o excesso de burocracia e tarefas de apoio sempre impediram essa área de desenvolver inteligência. Isso não será mais um problema. Além da evidente economia de recursos — posto que muitas das tarefas não eram automatizadas, e sim terceirizadas, gerando custo adicional e continuando nas mãos de pessoas — a automação criará mais tempo para que o RH exerça seu potencial natural: o de desenvolver pessoas, talentos e lideranças. A tecnologia está literalmente tirando do caminho tudo aquilo que é mecânico e repetitivo e deixando para profissionais de RH apenas a incumbência de lidar com tarefas intelectuais e estratégicas. No futuro essa tendência será ainda mais visível. Não veremos mais colaboradores do departamento pessoal carimbando protocolos ou preenchendo formulários. Eles estarão criando estratégias e planos, gerando conteúdo para cursos e treinamentos, avaliando profissionais em competências e criando táticas para lidar com o comportamento do quadro. Essa tendência inclusive irá afetar o nível do profissional médio do RH. Hoje em dia, grande parte das pessoas empregadas em RH compreende assistentes, auxiliares e gente que realiza tarefas de apoio, muitas vezes braçais. A demanda será maior por profissionais técnicos e criativos, preparados para formular estratégias e com nível de formação superior. A automação, em alguns anos, afetará até mesmo o atendimento a empregados e a emissão de relatórios para a empresa. De um departamento hoje burocrático e mecânico, passaremos a ver o RH como uma área criativa, mais parecida com equipes de marketing do que contábeis.

Customização em massa

Observe as redes sociais. Nelas, tudo é gigante. O número de pessoas, os dados que circulam, as funcionalidades e ferramentas. Se usássemos a lógica dos antigos softwares que instalávamos em nossas máquinas, seria impossível produzir algum tipo de customização. Entretanto, as redes sociais permitiram um tal empoderamento do público que as utiliza que podemos dizer, sem margem de erro, que cada uma das pessoas no mundo possui um versão customizada praticamente única de suas redes. Cada um organiza perfis e hierarquiza a informação de modo completamente distinto, estabelece seus próprios níveis de privacidade, customiza a aparência e o uso e por aí vai. O RH, usando esse mesmo raciocínio e também a mesma estrutura e lógica de dados e informações sendo processados por uma inteligência artificial poderá conceder o mesmo tipo de poder a cada um dos colaboradores de uma empresa. Com o tempo, teremos profissionais que irão customizar suas próprias carreiras, seus planos de benefícios, seus horários de trabalho e até mesmo suas tarefas e responsabilidades. Ao RH, caberá sugerir, apoiar, treinar e dar apoio a esses profissionais, que ficarão eles mesmos responsáveis pela customização e individualização das suas relações com a empresa. As tendências de mercado, não apenas em RH, mas das próprias relações trabalhistas, apontam para um mundo no qual as pessoas definirão de forma completamente individualizada suas carreiras, desde a formação e graduação, passando por treinamentos, cursos, projetos que decidam ingressar ou não e chegando na esfera de RH. Essa mudança é inevitável, e quem está em RH há tempos sabe disso. A questão da personalização em massa é o equilíbrio entre a concessão dessa possibilidade aos funcionários e a manutenção dos interesses e metas da empresa. O RH atuará casando as necessidades e preferências dos funcionários às necessidades estratégicas de seu principal cliente -  a organização. Desse modo, o RH deixará de planejar e criar programas de carreira que muitas vezes não agradam colaboradores e nem empresas e passará a oferecer um menu de opções. Assim, caberá a empresa, lideranças e colaboradores decidir e montar seus próprios perfis. Isso, unido à inteligência artificial, permitirá ao RH não apenas prever onde haverá ou não escassez de competências e profissionais, mas também criar novos produtos a serem oferecidos a esse público ávido por customização. Alguns especialistas, inclusive, imaginam para o futuro algo que pode até mesmo revoltar alguns profissionais da área de gestão de pessoas mais ortodoxos: sistemas parecidos com e-commerce, nos quais os empregados de uma empresa serão capazes de adicionar, customizar e montar seus planos de benefícios e até salariais por conta própria. Confira nosso e-book gratuito "Inteligência Artificial: O guia completo para colocar em prática no seu RH!".
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