Esse conteúdo foi produzido pelo time da Engage.
O sucesso no treinamento que os profissionais de Recursos Humanos aplicam não depende mais apenas do conteúdo que é ministrado ao funcionário. Para que o programa tenha efetividade, é preciso ter estratégias de jogos de videogame.
A gamificação ou gamification (em inglês) é o termo utilizado para essa estratégia. Acontece que os jogos de videogame proporcionam uma experiência interativa e emotiva com os usuários, o que fortalece o aprendizado.
Com isso, as informações contidas neste ambiente tem melhor retenção do conteúdo, quebrando um dos principais empecilhos em relação à educação tradicional: a atenção.
Para extrair o máximo da experiência proporcionada pela gamificação no ambiente corporativo, o profissional de RH deve aplicá-la conforme o perfil comportamental dos colaboradores.
O perfil comportamental estabelece é uma indicação de qual é a melhor forma para o colaborador aprender. Cada um tem um jeito específico de responder aos estímulos de aprendizado.
Entendendo a gamificação a partir do perfil comportamental, você entenderá o porquê de algumas pessoas não terem sucesso em determinados treinamentos e como melhor estimular a participação dos seus colaboradores.
O que é gamificação?
A gamificação é, basicamente, fazer o uso de estratégias elaboradas para roteiros de videogames em treinamentos corporativos, a fim de incentivar melhorias ou correção de erros de planejamento.
Essa fórmula de aprender jogando desarma a crença na cabeça de que aprender é difícil. Além disso, a gamificação liberta as pessoas da fórmula tradicional de ensino, de sentar em uma cadeira e ouvir alguém falar.
Não é fácil aprender, precisa de dedicação, mas dar as ferramentas corretas para as pessoas certas é essencial.
Hoje, existem vários aplicativos, sites e empresas que fornecem e auxiliam os profissionais do RH na hora de montar um treinamento de gamificação aos funcionários.
Mas, antes de elaborar uma lista do que fazer, é importante você saber como montar uma trilha de aprendizagem. Além disso, seu programa de treinamento deve estar de acordo com os objetivos da empresa e a liderança.
Vale ressaltar que é importante manter na empresa um programa de treinamento para os colaboradores permanecerem engajados porque isso é essencial para a qualidade do produto ou serviço.
Além da produtividade, um funcionário motivado e capacitado irá oferecer melhores soluções e ser mais feliz , o que gera um maior engajamento de equipe e melhor ambiente de trabalho.
Outro benefício de ter treinamentos baseados em gamificação são as plataformas onde os jogos podem ser realizados, pois apresentam os resultados em tempo real.
Ou seja, você pode ver quem está vencendo, a equipe que mais procrastina nas atividades, o colaborador que tem mais dificuldade nos jogos. Uma série de elementos para você entender e trabalhar de forma mais efetivacom o colaborador.
Perfis comportamentais
Se você ainda não conhece o perfil comportamental do seu colaborador, está deixando de lado uma informação imprescindível para o seu trabalho.
Isto ocasionará, entre outros problemas, com dificuldade na retenção de talentos. De acordo com a Page Persona, 90% das demissões acontecem por motivos comportamentais. Por isso, o perfil comportamental é tão importante para o trabalho do RH.
No caso dos treinamentos para gerar engajamento por meio da gamificação, escolher a atividade errada para o perfil errado é como dar a um exercício de matemática para uma criança que é apaixonada por literatura.
Como essa criança responderá a esse estímulo? Ficará emburrada, terá dificuldade com os exercícios, sentirá que estará carregando uma cruz nas costas e não gostará do que está fazendo. A probabilidade da matéria ser feita da forma correta, assim, será menor.
No ambiente corporativo é a mesma situação. Então, cabe ao profissional do RH entender esta realidade para aproveitar ao máximo as habilidades de cada funcionário.
A teoria das habilidades comportamentais teve início na década de 20, com William Marston, que desenvolveu a tese a partir dos filósos gregos Hipócrates e Galeno. Marston criou assim a metodologia DISC —Dominance (Dominância), Influence (Influência), Steadiness (Estabilidade) e Conscientiousness (Conformidade).
A partir destes conceitos, o estudo da área desenvolveu-se até chegar na teoria do perfil comportamental que existe atualmente. Assim, é possível identificar nas empresas quatro tipos de funcionários: o executor, o comunicador, o planejador e o analista.
Como aplicar a gamificação em cada perfil comportamental?
Sabendo que cada pessoa aprende de uma forma diferente, a estratégia da gamificação no dia a dia também leva em consideração as atividades mais fáceis de serem feitas por cada perfil comportamental.
Caso contrário, o funcionário terá cada vez mais bloqueios para este tipo de ação.
A partir da gamificação é possível criar novas habilidades comportamentais, mas isso deve ser realizada a longo prazo e precisa levar em consideração se o funcionário tem o interesse em fazer parte desta mudança.
Antes de pensar em qual ação de gamificação para cada perfil, você pode se basear em algum caso de sucesso para definir o objetivo do treinamento, o número de pessoas que fará parte. Pense como um projeto e planeje em conjunto com a liderança, o que tornará o programa de treinamento mais efetivo.
Após ter passado por todos esses passos, é preciso definir as atividades para cada perfil comportamental.
Gamificação para Executores
O executor é o tipo de pessoa que não tem medo dos desafios e tem uma autoconfiança que o leva a alcançar grandes resultados. É uma pessoa muito competitiva e tem como motivação central a ambição e os desafios.
Este é o perfil que se dará melhor com a , pois você poderá trabalhar com atividades que oferecem pontuação por objetivo realizado, propondo um ranking que estimule o colaborador a chegar em primeiro lugar.
Este é um perfil que gosta de autonomia e aprende com a própria experiência e tempo.
Gamificação para Comunicadores
Os comunicadores são as pessoas que possuem grande poder de persuasão e carismáticas. São muito criativos, mas tem dificuldade com prazos e normas, já que não possuem muita disciplina.
Como possuem dificuldade em fazer algo monótono, leitura ou EAD não é o material ideal para esse perfil. As ações podem ser dinâmicas de equipe, mas que chegue ao resultado de forma rápida para não sentirem-se desmotivados.
Trabalhar com atividades emocionais sempre são uma medida acertada para este perfil.
Gamificação para Planejadores
Os planejadores, diferentemente dos executores, tem um perfil que busca mais o equilíbrio das situações. Por terem mais atenção à estratégia do que a realização, tem a tendência de colocar o planejamento à frente de tudo, mesmo quando pede-se a entrega de resultados.
Esse é um perfil que gosta de trabalhar em equipe e precisa legitimar o que aprendeu fazendo um rascunho, estruturando as lições que recebeu.
Gamificação para Analistas
O analista é o perfil que busca segurança, cumprimeto à regra e seguem um método para tudo. São críticos e os que mais conseguem lidar com o formato tradicional de ensino.
Como também são detalhistas, conseguem aprender com livros técnicos e atividades com pouca socialização.
Depois de aprender, fazer!
E, depois de conhecer os quatro perfis comportamentais e quais são as melhores atividades para cada um, crie uma trilha de aprendizagem, trace o caminho e período que o colaborador deverá percorrer para adquirir o conhecimento e saber como melhor usar a gamificação.