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Ser um gestor é saber conviver com situações atípicas e lidar com esses cenários apresentando alternativas que consigam manter a produtividade e o engajamento dos colaboradores. A flexibilização e o home office são realidades em muitas empresas, e podem ser fundamentais em cenários de crise.
Nos últimos anos, o Brasil passou por diversas complicações que trouxeram impactos negativos para as empresas: a pandemia do H1N1 (2009), a operação Lava Jato (2014), o rompimento de barragem em Mariana (2015), a greve dos caminhoneiros (2018) e, mais recentemente, a expansão e contaminação do novo coronavírus — COVID-19.
Uma crise humanitária causa impactos em todos os âmbitos. O social precisa se adaptar às novas realidades propostas, enquanto o financeiro flui positiva ou negativamente conforme a abrangência da situação.
Se você quer entender como a flexibilização da jornada de trabalho e a adoção do home office pode ser positivo para ajudar o equilíbrio financeiro da empresa durante período de crise, continue a leitura!
O que é a flexibilização da jornada de trabalho?
O regime de trabalho CLT determina que uma jornada de trabalho normal é de 8 horas diárias e 44 horas por semana, podendo haver até 4 horas extras semanalmente desde que não sejam superadas 2 horas/dia para banco de horas.
A reforma trabalhista de 2016 — PL 6787/2016 — flexibilizou a jornada tradicional possibilitando que os colaboradores cumpram até 12 horas em um dia para conseguir compensar as horas extras.
Tendo essa nova realidade determinada, a flexibilização da jornada de trabalho é uma alternativa utilizada pelas empresas para possibilitar aos colaboradores o cumprimento do seu dia de trabalho entrando em horários diferentes.
Por exemplo, para evitar picos de trânsito, é possível entrar mais tarde no escritório e começar a jornada de trabalho em um horário alternativo. Por meio dessa medida, torna-se possível evitar aglomerações em transporte público, horas perdidas no trânsito etc.
As principais vantagens de promover a flexibilização da jornada de trabalho são:
- maior autonomia e empoderamento do colaborador;
- possibilita ao colaborador programar sua vida pessoal associando a rotina de trabalho;
- estabelece parceria entre gestão e gerenciado;
- reduz número de faltas e atrasos;
- fortalece o comprometimento e a responsabilidade.
O que é home office?
O home office — out trabalho remoto — é uma tendência mundial que a cada ano ganha mais adeptos. Seu conceito é definido pela possibilidade de permitir que o colaborador cumpra seu expediente em qualquer lugar, dispondo de ferramentas como telefone e um computador conectado à internet.
Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades, essa já é realidade de 45% das empresas. Outros 15% trabalham para começar a implementação da modalidade dentro da organização.
A adoção do home office é pautada em benefícios como:
- queda na taxa de turnover em 52%;
- economia de 50% em custos operacionais;
- redução de 31% nos custos com benefícios;
- aumento do engajamento em 57%;
- redução de 50% na taxa de absenteísmo.
Para conseguir alcançar esses números, porém, é importante conseguir fazer a adoção de uma boa política de home office, refletindo a cultura organizacional e mantendo todos os colaboradores engajados e motivados para manter a produtividade.
Por que adotar a flexibilização e o home office em momentos de crise?
Momentos críticos pedem ações criativas. Conseguir manter o crescimento em cenários de adversidade pode ser bastante desafiador, mas contar com ferramentas como a flexibilização e o home office possibilitam a manutenção da jornada de trabalho.
A jornada de trabalho flexível torna possível para o colaborador que evite cenários de adversidade para chegar até o local de trabalho. É possível evitar o maior fluxo de pessoas no transporte coletivo em cenários como o de pandemias, ou diminuir o horário perdido com tráfego pesado.
O home office, por sua vez, permite que os colaboradores mantenham sua jornada de trabalho e não sofram com os impactos causados pelo cenário de crise — falando especificamente sobre o trabalho.
Conseguir oferecer alternativas aos colaboradores é humanizar a relação trabalhista a fim de estabelecer um elo de confiança e credibilidade. Para conseguir colocar as modalidades na prática, torna-se necessário estabelecer regras de condutas e em quais cenários elas poderão ser aplicadas.
Para os gestores, um dos principais desafios durante o período de crise é a manutenção da produtividade. A flexibilização e o home office aparecem como alternativas para garantir que a rotina de trabalho será mantida em busca de alcançar os objetivos estipulados pela empresa.
Se você quer entender como implementar o home office na sua empresa, aproveite a sua visita e leia nosso conteúdo exclusivo sobre o assunto!