Uma das dificuldades mais frequentes dos empreendedores, donos de empresas de pequeno e médio porte, é lidar com a saída de funcionários, também conhecida como rotatividade ou "turnover".
Esse é um problema corriqueiro, que gera altos custos para a empresa, tanto em relação à recursos financeiros gastos para novas contratações, quanto na perda de eficiência produtiva, provocada pela falta de profissionais treinados.
Mas como impedir que os bons funcionários saiam da empresa e busquem novas empresas?
Para isso existem as estratégias de retenção de talentos. Esses métodos são utilizados para que a empresa consiga fazer com que os colaboradores enxerguem o valor do seu negócio, vistam a camisa e queiram uma carreira mais longa na organização.
Para tornar essa estratégia mais clara, trouxemos neste material 15 dicas práticas de ações que podem ser colocadas em prática em qualquer negócio e, assim, garantir a retenção dos talentos.
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Veja como diminuir a rotatividade de de funcionários
Muitos empresários acreditam que as ações necessárias para diminuir a rotatividade estão relacionadas apenas aos salários, mas não é bem assim. É claro que é fundamental que o empregador remunere seus colaboradores de forma justa e sem atrasos, mas as ações de retenção de talentos começam muito antes da contratação.
Elas se iniciam lá nos processos de recrutamento e seleção e são fortalecidas em ações cotidianas da gestão de pessoas. Quer entender isso melhor na prática? A gente ilustrou a seguir, 15 dicas para diminuir a saída de funcionários da sua empresa.
Agora é só pegar papel e caneta e fazer um checklist para entender quais práticas você já utiliza e quais pode implementar para garantir mais sucesso.
1. Tenha processos seletivos bem estruturados
Como citamos, as ações de retenção de talentos começam desde os processos seletivos. Contratar a pessoa certa é metade do caminho para garantir que o time se mantenha na empresa.
É preciso lembrar que sua empresa teve um gasto considerável em todo o processo de recrutamento e seleção, então, é fundamental que todo esse investimento traga um retorno duradouro e não apenas supra necessidades pontuais.
Divulgar as vagas da forma correta e nos canais certos faz toda a diferença! Para isso, você precisa ter muito claro quais as características o funcionário precisa ter e quais são as necessidades da sua empresa. Não atire para todos os lados! Foque em canais de divulgação onde os colaboradores que você precisa estão.
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Além disso, ferramentas como a gestão comportamental também podem ajudar a escolher profissionais com o perfil certo para se encaixar na equipe, assegurando que os colaboradores admitidos tenham maior chance de permanência.
2. Ofereça salários competitivos
Embora a remuneração não seja a única variável que influencie na permanência dos funcionários, ela é, de fato, muito importante e relevante na decisão de uma pessoa permanecer ou sair de uma empresa.
Imagine que aquele profissional que você se esforçou tanto para contratar, comece a perceber que está ganhando muito abaixo do valor de mercado, ou vê seus colegas receberem mais pela mesma função, ou mesmo sofre com pagamentos atrasados. Com certeza, ele acabará se motivando a buscar novas oportunidades de trabalho.
É claro que, quando falamos sobre pequenas e médias empresas, nem sempre é possível concorrer em salários com grandes companhias. Nesse caso, é importante avaliar quais outros benefícios e vantagens você pode oferecer para que suas vagas sejam atrativas e os colaboradores não acabem migrando para outras organizações.
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3. Disponibilize benefícios atrativos
Antes que você fique com o cabelo em pé pensando nos gastos que pode ter, já vamos deixar claro que nem sempre os benefícios envolvem diretamente dinheiro. Em alguns cargos, pode fazer sentido trabalhar com bônus financeiros, em outros, no entanto, os benefícios podem ser voltados para a qualidade de vida, por exemplo.
Benefícios corporativos mais tradicionais como convênio médico e odontológico, seguro de vida, auxílio creche e previdência privada são sempre muito valorizados. Além deles, é possível pensar em outras opções criativas, como parcerias com escolas de idiomas e academias, auxílio psicológico ou creche na empresa.
Até mesmo o trabalho home office, a ginástica laboral e os happy hours podem ser encarados como benefícios. Por isso, não deixe o orçamento curto impactar na oferta de atrativos para seus colaboradores. O que vale é que eles se sintam realmente valorizados dentro da organização.
4. Dê oportunidades de desenvolvimento profissional
Os bons funcionários tendem a valorizar seu próprio crescimento profissional e estão sempre buscando se desenvolver cada vez mais. E, com certeza, esse é o tipo de funcionário que você deseja que permaneça por um bom tempo na empresa.
Sendo assim, outra dica é pensar em programas de treinamento e desenvolvimento. Eles são um diferencial competitivo bastante valorizado, tanto na atração de talentos quanto na retenção.
Investir em educação corporativa por meio de workshops, cursos, treinamentos, palestras, grupos de estudo e mentorias são formas de mostrar para o time que a empresa valoriza os colaboradores e acredita em seu potencial de crescimento.
Além de ser importante para a retenção, os treinamentos também ajudam você a solucionar necessidades de conhecimento e a melhorar pontos fracos, o que pode auxiliar de forma significativa nos resultados do negócio como um todo.
5. Entenda as necessidades dos colaboradores
É comum que o salário e os benefícios que sua empresa oferece sejam similares aos oferecidos pela concorrência. Nesses casos, qual é o diferencial do seu negócio que influenciará o funcionário a não ir embora?
Lembre-se que lá no processo de recrutamento e seleção você teve muito trabalho para convencer o profissional de que sua empresa era a melhor escolha. Mas como manter essa ideia? Uma boa dica é tentar entender as necessidades e expectativas desse colaborador e o que ele realmente busca em uma organização.
Para isso, o RH pode utilizar diversas ferramentas, como a pesquisa de clima organizacional. A pesquisa de clima serve como um termômetro que mede as percepções do time sobre o ambiente de trabalho e as relações dentro da empresa.
Além desse tipo de pesquisa, também é possível aplicar pesquisas de satisfação e pedir feedbacks para tentar descobrir o que os colaboradores precisam, mas não encontram na sua empresa ou nas outras pelas quais já passaram.
Muitas vezes, os profissionais que pulam de empresa em empresa, fazem isso porque estão em busca de soluções para algo que os angústia no setor. Entender quais são essas angústias e as possíveis soluções para elas, pode ser a chave para uma retenção de talentos eficiente.
6. Ofereça qualidade de vida ao time
A qualidade de vida no trabalho é um tema cada dia mais relevante no mercado. Hoje, já se tem a consciência de que os colaboradores passam grande parte do seu dia dentro da empresa, logo, a organização também é responsável pela manutenção de sua saúde física e mental.
Assim, é importante promover políticas e ações voltadas para o bem-estar do time, incentivando que os funcionários adotem bons hábitos, foquem na saúde e busquem equilibrar a vida pessoal e profissional.
Algumas práticas que podem ser implementadas nesse sentido são:
- Ginástica laboral;
- Palestras com médicos e outros profissionais de saúde;
- Ergonomia aplicada nos equipamentos e mobiliário;
- Campanhas de prevenção;
- Oferta de frutas e alimentos saudáveis;
- Incentivo à prática de atividades físicas;
- Implementação de ambientes saudáveis, com menos pressão e cobranças;
- Otimização da rotina e redução de horas extras;
- Implementação de salas de descompressão;
- Entre outras.
Investir em boas práticas ligadas à saúde e na promoção de um ambiente de trabalho saudável é a melhor forma de garantir funcionários motivados e engajados, diminuindo as taxas de rotatividade (turnover)e também os índices de absenteísmo, ou seja, as faltas e os atrasos.
7. Incentive um ambiente de trabalho positivo
Quantas vezes já aconteceu de um profissional passar todo o processo seletivo animado, conseguir ser contratado e, ao iniciar na empresa, perceber que o ambiente de trabalho não é aquilo que ele esperava? Isso não deveria ser normal, mas é relativamente corriqueiro.
Um ambiente de trabalho tóxico pode minar a motivação de qualquer um, levando os colaboradores a adoecerem e, muitas vezes, a se demitirem. Por isso, é essencial que a gestão de pessoas e as lideranças acompanhem de perto o clima organizacional, entendendo se existem conflitos persistentes, líderes despreparados ou uma competitividade excessiva.
A forma como os profissionais se comportam dentro da empresa têm tudo a ver com a cultura organizacional. Tendo em mente que os colaboradores desejam trabalhar em um ambiente respeitoso, inclusivo e que valorize seus esforços, portanto, é essencial que a cultura seja positiva e que incentive os feedbacks construtivos e o trabalho em equipe.
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8. Valorize e reconheça os funcionários
A falta de reconhecimento e valorização do seu trabalho, talvez seja uma das coisas mais frustrantes para um profissional dentro da empresa.
Os salários e benefícios podem ser ótimos, mas se o colaborador sente que sua opinião não é levada em conta e seu esforço é tratado com desdém, provavelmente vai acabar buscando por outras oportunidades.
Esse sentimento de valorização é a força motriz que faz com que os colaboradores queiram sempre dar o seu melhor e superar expectativas. Esse reconhecimento é importante, inclusive, para motivar o restante do time. Afinal, ao ver um profissional sendo reconhecido, os demais podem perceber como a empresa está atenta e, assim, tentarem a superação também.
Uma boa dica é trabalhar com metas individuais (lembrando que elas devem ser realistas e atingíveis). A partir das metas traçadas, é possível implementar uma política de reconhecimento, com premiações, promoções e outros incentivos.
9. Contrate líderes em vez de chefes
Boa parte dos pedidos de demissão acontecem por conta de lideranças despreparadas, ou o que chamamos de "chefes". Mas você sabe qual as diferenças entre um chefe e um verdadeiro líder?
Enquanto o chefe é uma figura autoritária, que está focada apenas em bater metas e delegar funções, o líder é um profissional inspirador, que lidera, motiva e gerencia sua equipe com empatia e cuidado em um ambiente democrático.
Bons líderes têm uma visão clara do futuro e orientam seus colaboradores na direção certa. São capazes de lidar com desafios e tomam a responsabilidade dos erros para si, em vez de ficarem buscando culpados.
Eles acreditam na importância de cada profissional do time, e por conta disso, inspiram confiança e tendem a ter uma equipe fiel, que acredita no sucesso da empresa e que o segue para onde for.
Essas características de um bom líder devem ser priorizadas sempre que surgir uma vaga de gestão. E assim como no caso dos demais colaboradores, o RH também deve investir na retenção desses bons talentos.
10. Tenha um bom plano de carreira
Por mais que o colaborador ame trabalhar na empresa, pode chegar um momento em que ele não vê mais possibilidades de crescimento dentro dela, o que o levará a buscar novas entrevistas.
Uma forma de evitar a perda desses talentos, portanto, é oferecer novas oportunidades dentro da própria organização. É importante que os colaboradores tenham uma perspectiva clara das possibilidades de crescimento na empresa. Para isso, é válido criar bons planos de carreira.
Planos de carreira bem estruturados vão ajudar os indivíduos a entenderem quais habilidades e competências eles precisam desenvolver para alcançar cargos mais altos e quais são as suas possibilidades de crescimento reais. Tudo isso dá mais segurança para os colaboradores, o que garante a retenção desses talentos por mais tempo.
11. Foque em uma comunicação clara e objetiva
Outro ponto que pode aumentar a saída de funcionários da sua empresa é a falta de comunicação. Quando a comunicação corporativa não é feita de forma clara, é comum que surjam fofocas e intrigas, a chamada "rádio peão", que acaba gerando um sentimento de insegurança.
Imagine, por exemplo, que você precisou demitir um colaborador por um problema de comportamento. A falta de comunicação clara, nesse caso, pode fazer com que comece a circular o boato de que a empresa está passando por problemas financeiros e que outros colaboradores serão demitidos em breve.
Nesses casos, por medo de serem pegos de surpresa, outros profissionais podem acabar procurando e encontrando uma nova oportunidade. Percebe como tudo isso poderia ter sido evitado apenas com um diálogo aberto?
Assim, é válido criar canais de comunicação entre a gestão e os colaboradores, passando as mensagens de forma clara, para evitar mal-entendidos. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de uma intranet, endereços de e-mail específicos e até mesmo em reuniões mensais.
12. Desenvolva a segurança profissional
É comum que empresas de menor porte caminhem sempre em uma corda bamba, com poucos recursos e sem tanto planejamento para lidar com imprevistos. Mas você já parou para pensar que o receio e o medo que o empresário tem de fracassar com a organização, também reflete diretamente na segurança dos profissionais?
Quando o colaborador não sente firmeza no negócio e na forma como a gestão lida com fatores internos e externos, ele acaba ficando com medo de vestir a camisa da empresa e acabar naufragando junto com ela.
Por isso, é fundamental que a gestão seja feita com muito planejamento e que um ambiente de cooperativismo e transparência seja uma prioridade. Quanto mais você acredita no seu próprio negócio, mais fácil será engajar seus colaboradores para que também acreditem.
13. Flexibilize a jornada de trabalho
Como vimos, uma rotina de trabalho flexível é um benefício corporativo bastante valorizado, que pode influenciar não só na atração dos talentos, mas também na retenção.
Um jornada home office ou híbrida, ou mesmo a possibilidade de entrar e sair mais cedo alguns dias da semana, permitem que o colaborador tenha mais qualidade de vida, consiga conciliar melhor suas rotinas pessoal e profissional e não perca horas no trânsito durante o horário de pico.
Dessa forma, se sua empresa permite esse tipo de flexibilização, essa pode ser uma estratégia bastante promissora para garantir colaboradores motivados e diminuir a rotatividade.
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14. Crie momentos de interação entre a equipe
A socialização é outro instrumento importante para promover a interação entre o time, melhorar a retenção e fortalecer a cultura de uma empresa. Por isso, vale a pena pensar em estratégias para aumentar o senso de pertencimento e garantir uma interação positiva.
Os happy hours, por exemplo, podem ser estimulados para promover um momento de descontração no final da semana. Além disso, é possível planejar cafés da manhã periódicos, comemorações de aniversário, workshops e dinâmicas para que o time se conheça melhor e se sinta confortável no ambiente de trabalho.
15. Invista no desenvolvimento de lideranças
Por fim, já falamos sobre a importância de boas lideranças para minimizar o turnover, por isso, vamos reforçar a necessidade de investir no desenvolvimento e na qualificação desses profissionais.
Nem sempre a empresa vai contratar um líder que já vem pronto do mercado. Muitas vezes, é possível avaliar o time e identificar aqueles talentos que têm o perfil certo e potencial para ocupar cargos de liderança.
Nesses casos, é possível utilizar ferramentas como as avaliações de desempenho, para identificar os profissionais que se destacam e quais habilidades eles precisam desenvolver. A partir daí, o RH pode criar um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), para orientar o caminho desse desenvolvimento.
Treinar colaboradores para posições de liderança é uma estratégia inteligente para garantir gestores alinhados à cultura do negócio, integrados ao time e motivados para dar o seu melhor. Isso contribui para uma melhora no clima organizacional, além de trazer uma perspectiva real de crescimento para os demais integrantes do time.
Agora é mão na massa!
Neste material, você pôde conferir diversas dicas que ajudam as pequenas e médias empresas a diminuir a saída dos funcionários e trazer mais motivação para eles. Como vimos, nem todas as práticas estão ligadas a grandes investimentos financeiros, por isso, não deixe que essa barreira impeça você de implementá-las.
Quer entender melhor como estão os níveis de rotatividade do seu negócio e quanto custo a saída dos colaboradores está trazendo, na prática? A Sólides desenvolveu uma calculadora de rotatividade gratuita que pode ajudar nesse cálculo.