O trabalho de análise de dados e RH nunca foram tão imprescindíveis quanto agora. Diante de uma crise nunca antes enfrentada no mundo todo, a precisão na tomada de decisão é um fator determinante para que as empresas consigam sobreviver à pressão e retomar suas atividades com força total após a pandemia.
O isolamento social, necessário para o controle eficiente da infecção, traz a tona novas situações para as quais a grande maioria das organizações não estava preparada. Afinal, como gerenciar pessoas em meio à tanta turbulência e, para piorar, à distância? É o que vamos abordar neste artigo. Acompanhe!
Principais impactos da crise na gestão de pessoas
A crise provocada pela mais recente mutação do Coronavírus tomou proporções inéditas no mundo todo. Desde grandes questões, como as movimentações do mercado financeiro, até as menores — como a forma das pessoas interagirem entre si — sofreram mudanças. Veja como tudo isso impacta na gestão de pessoas.
Mudança drástica na rotina
Empresas ligadas à área de tecnologia já conheciam o home office e até o adotavam de forma controlada e pontual. Entretanto, para a grande maioria das demais, o conceito é totalmente novo, sequer imaginado no cenário e tipo de atividade exercida.
A mudança na rotina dos profissionais foi alterada de forma muito drástica e repentina. Uma pessoa que estava acostumada a sair de casa todos os dias e seguir um mesmo ritual antes de começar a trabalhar, agora se vê obrigada a se adaptar para garantir a sobrevivência da organização e do seu emprego.
Redução de quadro
A queda nas vendas e na produção, inevitavelmente gera a redução do quadro. Tanto os gestores quanto o time de RH sofrem pela definição do tamanho corte e, com mais intensidade, pela escolha de quem serão os demitidos.
Por mais que a situação seja completamente compreensível, o colaborador se sentirá desamparado nesse momento e a empresa precisa ter um cuidado redobrado no processo. A forma como os desligamentos são realizados ganha um papel muito importante, principalmente pensando na retomada.
Redução de investimentos
Outro efeito da queda na arrecadação é a diminuição dos investimentos. O grande desafio é saber dosar o volume de cortes e escolher de forma estratégica para onde os valores ainda disponíveis serão direcionados. Até porque, o corte geral não é a melhor alternativa para quem pretende se restabelecer após a pandemia.
Aumento no nível de tensão
O clima organizacional fica altamente sensível em momentos de crise. No caso da COVID-19, a falta de um precedente de mesma magnitude faz com que as incertezas sejam maiores do que em crises comuns. Ainda, poucas são as referências sobre o que acontecerá no longo prazo, já que o que temos aprendido se limita ao que países que foram atingidos antes têm passado.
Somado à mudança na rotina de trabalho, essas imprevisibilidades geram ansiedade e estresse, que precisam ser monitorados pelos gestores e pelo time de RH. Nem todos os colaboradores terão inteligência emocional suficiente para lidar com isso de uma forma menos atribulada.
Desequilíbrio entre tempo e demanda
A gestão de tempo é outro fator que mudou completamente frente à pandemia. O período que se gasta trabalhando em um escritório é diferente do gasto em casa. Algumas pessoas se tornam mais produtivas, outras menos. Por isso, o volume de demandas precisa ser reequilibrado.
As demissões realizadas também geram desequilíbrio nesse ponto, já que são necessárias novas formações de times ou, em muitos casos, alguns deles são unificados, ganhando novos gestores, que não conhecem muito bem cada um. É um grande desafio.
Papel do RH na superação de crises
Diante desses impactos provocados pelo momento de crise, o RH tem um papel essencial na manutenção da ordem e na preparação da empresa para a hora da retomada. As ações devem ser direcionadas, especialmente, nas duas frentes que explicaremos agora.
Reestruturação do setor
Toda a empresa está sofrendo, mas o RH é um setor-chave, que influencia os demais e precisa tomar as rédeas da situação com bastante firmeza. Para isso, algumas providências são mais que necessárias, como as que listamos a seguir.
Redução de custos
Apesar de parecer um pouco óbvia, a redução de custos é um ponto que exige muita cautela nesse momento. Não basta imaginar um percentual e aplicar ao setor como um todo, é preciso ter uma estratégia que considere os possíveis cenários no curto, médio e longo prazos. A capacidade de reação do negócio depende da eficiência dessa definição.
Revisão de metas e indicadores
Sabe aquele planejamento estratégico que o RH criou e desdobrou para o ano de 2020? Infelizmente, ele não servirá mais. O cenário é outro, as possibilidades do mercado estão mais escassas e o foco, que poderia ser de crescimento e estabilização, precisa ser voltado para a sobrevivência do negócio.
Para tanto, será preciso rever quais são as habilidades que serão mais necessárias para que a empresa consiga se reerguer após o pico da pandemia e como fazer para identificar e monitorar esses aspectos nos colaboradores.
Revisão da frequência de análises
Ainda no que diz respeito aos indicadores, a frequência de análise também precisará ser revista. Os números que eram acompanhados trimestralmente, passaram a mudar em questões de semanas ou mesmo de dias.
A situação de crise, por ser passageira, apresenta um comportamento mais agressivo e intenso do que o normal. No caso da COVID-19, ainda temos o agravante da falta de precedentes, que ajudem a entender e prever como serão os próximos meses. Assim, a velocidade de análise será crucial para a adaptabilidade requerida.
Replanejamento
Além da parte que diz respeito ao curto prazo e ao que deve ser feito no agora, o futuro também precisa ser alvo de mudanças. No que tange ao RH, existem três aspectos que chamam mais a atenção nesse sentido. confira!
Reengenharia de cargos
A sua empresa, muito provavelmente, sofrerá uma redução de quadro e isso significa que algumas ocupações podem deixar de existir ou terem suas funções atribuídas a novos cargos mais generalistas. Logo, quanto antes o redesenho desses cargos for feito, melhor.
Por mais difícil que pareça, preveja cenários futuros e entenda quais as atividades, habilidades e conhecimentos que serão mais exigidos na nova fase do negócio e faça adaptações nos cargos existentes. Pense nas funções, antes de analisar as pessoas que ocupam as vagas atuais. Isso facilitará a avaliação e a deixará menos tendenciosa.
Novo mapeamento comportamental
O mapeamento comportamental é a melhor estratégia para compreender melhor o cenário atual. O ideal, em momentos como esse que estamos vivendo, é realizar um novo mapeamento com todos os colaboradores, inclusive os gestores, para ter dados mais atualizados. Com base nos perfis comportamentais fica muito mais fácil fazer a reengenharia de cargos e, principalmente, a adequação de pessoal.
Adequação de pessoal
No momento de listar as demissões necessárias e avaliar quem fica e quem sai, é preciso utilizar métodos imparciais, seguros e eficazes, para que não haja injustiça. A análise dos perfis comportamentais, aliada às novas descrições de cargos torna esse processo mais eficiente.
De um lado, o RH tem a relação de posições que serão mantidas e readequadas, do outro, a lista de pessoas e suas características técnicas e comportamentais. Cruzando esses dados, os encaixes se tornam mais fáceis e os impactos negativos são minimizados.
Importância da análise de dados e RH
Frente a tudo o que foi descrito até aqui, já deu para perceber que as decisões serão penosas e arriscadas. A margem de erro está muito menor e, com isso, todo cuidado é pouco. A análise de dados se faz crucial para o RH em situações como a de agora. Conheça os quesitos principais.
Segurança
A insegurança é uma das sensações mais presentes em todos diante de tanta novidade. Ninguém sabe ao certo quando essa crise vai terminar, nem como o mercado estará lá na frente. Então, como fazer para definir estratégias e redesenhar os times que serão responsáveis pela superação do negócio? Por meio de dados!
Logo, se não temos muitos dados externos, precisamos focar ainda mais nos internos. Para tanto, o RH deve conhecer bem os colaboradores, avaliar o desempenho de cada um, a forma como estão lidando com o isolamento e quais são aqueles que têm perfil para seguir e enfrentar todos os desafios que ainda estão por vir.
Precisão
Muitos empreendedores ainda resistem às ferramentas de automação no RH, alegando que algumas decisões são tomadas mediante a seus feelings. Mas se esse argumento não é 100% confiável presencialmente, imagine agora, com boa parte da empresa ou toda ela atuando à distância.
As medições de indicadores e aplicações de pesquisas e análises de dados permitem que os gestores e empresários saibam o que realmente está acontecendo, de forma precisa, em sua empresa — sem achismos, sem toda essa margem de erro.
Agilidade
Com a ajuda de um software de gestão de pessoas eficiente, as análises podem ser feitas em poucos minutos e uma gama enorme de cenários podem ser desenhados. Ferramentas, como o Profiler, fazem a análise de perfil comportamental de toda a empresa e, ainda, geram dados estatísticos valiosos para a tomada de decisão em apenas alguns cliques.
Como vimos, análise de dados e RH devem andar sempres juntos. Agora, em plena crise mundial, eles são a peças-chave para a sobrevivência do seu negócio e retomada ao mercado com força suficiente para voltar a crescer. Portanto, tenha atenção às dicas do artigo e garanta mais chances de sucesso para a sua empresa.
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