Entenda a diferença entre o absenteísmo e presenteísmo

imagem para representar o absenteísmo e presenteísmo
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Alguns indicadores são fundamentais para entender o cenário organizacional e a relação com os colaboradores. O absenteísmo e presenteísmo podem ser parecidos, mas existem diferenças cruciais em seus indicadores.

Imagine a seguinte situação: você chega na empresa e se depara com um funcionário olhando pela janela, distraído, e vê que ele fica ali por muito tempo. Repara também que isso tem ocorrido com frequência. Ou você recebe pela terceira vez em menos de um mês, a mensagem de um colaborador informando que vai faltar ao trabalho naquele dia.

Situações complicadas e desafiadoras, não é? Mas são bem corriqueiras no ambiente profissional. Estamos falando de casos de absenteísmo e presenteísmo corporativos. Já ouviu falar nesses termos, mas não sabe exatamente o que significam? Continue acompanhando esse artigo que suas dúvidas serão respondidas.

O que é absenteísmo?

Este termo significa a ausência do colaborador. Ele pode faltar por motivos de saúde e psicológicos, problemas pessoais, insatisfação com o trabalho, advertência ou mesmo faltas injustificadas. Os atrasos constantes também são exemplos de absenteísmo

Dentre os fatores que mais influenciam a alta taxa de absenteísmo estão a desmotivação e o estresse com o trabalho, o assédio moral ou físico sofridos dentro da empresa, a depressão, a síndrome do pânico, os problemas de saúde e a dependência química. 

Como as causas podem ser diversas, mesmo que não tenha uma relação direta com a companhia, esse indicativo não é um bom sinal para ambas as partes. Além de o colaborador estar passando por um momento complicado, a empresa também tem seus prejuízos.

O que é presenteísmo?

O presenteísmo indica a presença do colaborador, mesmo estando mal de saúde ou passando por problemas pessoais. Pode-se entender, a priori, que ele é um profissional exemplar pelo fato de não faltar mesmo em condições adversas, mas esse também é um indicador negativo para a empresa e o funcionário. 

Isso acontece porque, muitas vezes, há indícios de um clima organizacional ruim, desmotivação, relacionamentos não saudáveis, falta de ergonomia adequada ou riscos de acidente, por exemplo. Tudo isso reflete na postura do colaborador.

Está presente, mas a cabeça está ausente do trabalho. Ou seja, funcionário não falta, mas também não produz como deveria, não tem ânimo para dialogar com a equipe e gestores, é desatento com as tarefas e acaba prejudicando os processos internos. 

Como esses indicadores afetam a empresa?

Tanto o absenteísmo quanto o presenteísmo são prejuízos para a empresa e cada um afeta de uma forma diferente. Entenda alguns aspectos principais:

Impacto financeiro

Dentre as piores consequências do absenteísmo está a financeira, pois a produtividade da empresa cai com a falta de alguém. Além disso, a companhia tem de arcar com o dia de atestado médico e com as despesas de saúde do ausente. E, muitas vezes, há a necessidade de contratar ou alocar outra pessoa para reposição do trabalho.

Já no caso do presenteísmo, o impacto pode parecer menor, mas ainda assim há queda na produtividade, pois o funcionário não entrega o que se espera dele. Outro que pode gerar grandes prejuízos é quando o colaborador, desatento, envia informações ou documentos da empresa errados aos clientes. Em muitos casos, a situação é difícil de ser revertida.

Alta rotatividade

O turnover de uma empresa está relacionado a elevadas taxas de presenteísmo e absenteísmo, pois com esses problema recorrentes, há necessidade de novas admissões, o que causa mais desgaste ao treinar e inserir uma nova pessoa. Sem contar o custo envolvido em rescisões e contratações, fator relacionado à dica anterior. 

Imagem da instituição

Quando o índice de faltas e atrasos é muito alto, a empresa perde credibilidade perante aos clientes. Pode passar a impressão de que a qualidade de vida dos colaboradores é pouco importante, afastando também parceiros e possíveis interessados em trabalhar na companhia.

Repercussão na equipe

No presenteísmo, um funcionário que vai trabalhar infectado por doenças transmissíveis é capaz de contaminar uma equipe inteira. Já nos casos de absenteísmo, as pessoas podem ficar sobrecarregadas pela falta de alguém para executar sua parte. 

Além do estresse causado pelo alto volume de demandas, há também a insatisfação dos outros colaboradores que passam a reivindicar aumento salarial por desempenhar atividades extras. 

Quais a diferenças entre absenteísmo e presenteísmo?

Ambos, geralmente, são indicativos de que algo não vai bem no relacionamento entre empresa e colaborador. A principal diferença está na forma como o funcionário reage a esses conflitos: ou ele falta com frequência ou está lá, mas só vai por medo da consequência da sua ausência, como ser demitido.

O absenteísmo é muito conhecido pelas instituições e pelo fato de ser de fácil detecção — afinal colaborador não está lá — há muitos estudos que permitem identificar, investir na prevenção e solucionar o problema. 

O presenteísmo é mais difícil de ser diagnosticado e é pouco entendido por ambas as partes. Dentre os sinais estão a queda de produtividade, distanciamento das outras pessoas, cronometragem do tempo a todo momento, falta de interesse no próprio crescimento e descuido com a aparência.

Qual é o papel do RH nesses casos?

Ressaltamos que nem sempre o presenteísmo e o absenteísmo são problemas diretamente relacionados à empresa. O colaborador pode estar passando por uma má fase pessoal e isso está refletindo em suas atividades. Contudo, o setor de Recursos Humanos é essencial ao desempenhar o papel de solucionador desses conflitos e ainda buscar alternativas para preveni-los.

Ofereça ajuda

Entender o motivo que leva a pessoa a faltar com frequência ou estar disperso de suas atividades é o primeiro passo. Mostre que a empresa pode ajudá-lo, tanto para resolver o conflito se for profissional ou que dará o tempo necessário para que ele possa solucionar o que o aflige pessoalmente.

Conversas com o gestor podem contribuir para saber se há questões mal resolvidas relacionadas às suas atividades. Um bate-papo com os profissionais de RH ajudam a entender se é possível encaminhá-lo ao psicólogo ou terapeuta.

Adeque o perfil às atividades 

É importante que o colaborador desempenhe atividades de acordo com o seu perfil. Tarefas muito complexas podem não ser bem recebidas por alguém que ainda não se sente preparado. O mesmo acontece quando o profissional se sente pouco estimulado, executando tarefas muito mecânicas e pouco desafiadoras.

Invista em um bom clima organizacional

Essa dica vai beneficiar a todos e evitar que esses problemas aconteçam. Um ambiente de trabalho acolhedor contribui muito para a saúde mental e física dos colaboradores e desperta o sentimento de pertencimento àquela empresa.

Outro fator é promover a inclusão do funcionário caso perceba que ele é excluído do grupo e que isso impacta em suas atividades. As empresas contam com perfis diferentes de pessoas e, muitas vezes, pode haver aquelas que não se encaixam no restante da turma. Aí entra a intervenção da equipe de RH.

Seja justo

Ao final, lembre-se de que, se as medidas acima já foram tomadas e não solucionaram o problema, ter um colaborador improdutivo e isolado pode prejudicar muito a equipe e a empresa. Uma atitude decisiva deve ser tomada após analisado o que realmente está acontecendo com o funcionário.

Acompanhar de perto é papel fundamental, especialmente da área que verdadeiramente gere os recursos humanos. Afinal, todos passamos por problemas e o colaborador deve saber que pode contar com a empresa para chegarem a uma boa solução.

Agora que você já entendeu o que é absenteísmo e presenteísmo, o que acha de se aprofundar mais neste assunto e saber como calcular a taxa de absenteísmo na sua empresa?

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